Ex-diretor da CFTC junta-se à Andreessen Horowitz como consultor para questões regulatórias
A empresa contratou o ex-comissário da CFTC (Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos), Brian Quintenz, para juntar-se ao seu time de consultores.
A regulamentação de criptomoedas tornou-se um tópico cada vez mais relevante nos últimos anos. Para lidar com questõs jurídicas contraditórias em meio às constantes mudanças regulatórias, a firma de capital de risco Andreessen Horowitz convocou um ex-líder da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos, ou CFTC, para se juntar à sua equipe.
“Como parte de nosso esforço maior para garantir que tenhamos um sistema de suporte de alto nível para lidar com questões políticas e regulatórias, estou entusiasmado em anunciar que Brian Quintenz, ex-comissário da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities, está juntando-se a nós como um parceiro consultivo de nossa equipe de criptomoedas”, escreveu Katie Haun, sócia da Andreessen Horowitz, em um anúncio de quinta-feira no site da a16z.
O ano passado, em particular, assistiu a discussões regulatórias importantes nos EUA e no exterior. Em dezembro de 2020, o Tesouro dos EUA declarou ter como objetivo aumentar a vigilância sobre carteiras de criptoativos não custodiais. Mais recentemente, o projeto de lei de infraestrutura dos EUA incluiu uma terminologia que pode pressionar consideravelmente a crescente indústria cripto. Outros países também implantaram várias ações regulatórias, especialmente evidentes em ações contra a exchange de ativos digitais Binance.
A Andreessen Horowitz parece ter reconhecido a atual pressão regulatória que pesa sobre a indústria de criptomoedas e decidiu se precaver para oferecer suporte para entidades do seu portfólio. “Nossos projetos de portfólio estão inovando de maneiras nunca antes imaginadas e, portanto, nosso investimento neles deve ser mais do que apenas financeiro – buscamos oferecer a eles um conjunto completo de recursos em seu destino para o sucesso,” observou Haun no post.
A CFTC e a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), são duas agências reguladoras que costumam tomar parte em qualquer conversação em que diretrizes governamentais se cruzam com as criptomoedas. Explicando a importância de ter um ex-chefe regulador no time da empresa, Haun escreveu:
“A CFTC desempenha um papel crítico como um regulador federal que tem jurisdição sobre moedas digitais, tokens de serviços públicos e de outras mercadorias não relacionadas a títulos e Brian há muito tempo se destaca como um pensador inovador no espaço de criptomoedas e DeFi. Ele entende como a tecnologia cripto funciona e como o CFTC pensa sobre o assunto. Sua capacidade de fazer uma ponte entre os dois campos será fundamental para o sucesso das políticas da a16z Crypto e das empresas do nosso portfólio.”
Outros ex-chefes do governo dos EUA também se associaram a empresas do setor de criptomoedas, como Jay Clayton, que anteriormente foi presidente da SEC.
LEIA MAIS
- ‘Num mundo pós-pandemia, a importância das criptomoedas vai aumentar’, diz senador japonês
- Secretario do Tesouro discorda de Guedes e afirma que é contra criação de imposto para o Bitcoin e transações digitais no Brasil
- Relatório indica que só 8% das moedas que passaram por mixers de cripto têm relação com atividades ilícitas
