E agora, o Bitcoin vai subir ou vai cair? Especialistas comentam sequência de alta do BTC depois do preço subir 70%
O Bitcoin registrou uma valorização de mais de 70% desde sua baixa de 20 de julho quando esteve cotada a US$ 29.278 e agora analistas estão divididos entre uma alta acima de US$ 85 mil e uma nova queda
Em mais um movimento positivo, que já soma 5 semanas seguidas, o preço do Bitcoin (BTC) subiu e rompeu mais uma resistência, superando a marca de US$ 50 mil novamente desde de 15 de maio.
Desta forma, a criptomoeda registrou uma valorização de mais de 70% desde sua baixa de 20 de julho quando esteve cotada a US$ 29.278.
No entanto, segundo o analista Rakesh Upadhyay aponta que indicadores apontam para muitas opções de venda na faixa de preço de $ 50.000 e o “financiamento positivo quase em toda a linha (superaquecido)”, o que sugere uma rejeição nos níveis atuais e um “retrocesso em setembro”, indicando uma queda no preço do BTC após esta onda altista.
Já para o CEO da Bitpreço, Ney Pimenta, o rompimento da barreira de US$ 50 mil traz de volta o otimismo ao mercado e, com isso, ao invés de uma nova queda, ele acredita em uma nova máxima histórica.
“Após a forte e esperada correção, que chegou ao seu valor mínimo em julho, o otimismo volta ao mercado, que tem apostado em um novo ciclo de alta nos próximos meses, definindo novas máximas históricas para a cotação do Bitcoin e outros criptoativos.”
Lucas Schoch, CEO da Bitfy, destacou ao Cointelegraph Brasil que a alta do BTC também está relacionada a adoção da tecnologia blockchain e a capacidade dos mineradores de Bitcoin de sobreviverem ao cerco armado pela China.
“A alta das criptomoedas, não só do Bitcoin, está relacionada à adoção da tecnologia blockchain. Empresas como Xiaomi, Tesla, Paypal, entre outros, são os early adopters, causando um movimento positivo para o segmento. As últimas quedas do bitcoin ocorreram devido aos problemas relativos à mineração do criptoativo na China. Assim como esperado, os mineradores começaram a exportar equipamentos e minerar em outros países, causando a diluição do problema”, disse.
Preço do Bitcoin
Para a analista Daniela Hathorn, da Dailyfx, também pode haver resistência para o Bitcoin negociar acima de US$ 50 mil novamente, e, neste cenário, é fundamental que o Bitcoin mantenha seu valor acima da média móvel de 200 dias em US$ 45.750 para evitar uma nova queda.
“A marca de US$ 50.000 é um nível psicológico chave para a moeda digital e, portanto, podemos ver alguma resistência aparecer antes que qualquer impulso de alta possa ser alcançado. Um retrocesso para a área de US$ 48.000 seria o primeiro sinal de problema, mas a tendência positiva não apresenta problemas, desde que o Bitcoin permaneça acima de sua média móvel de 200 dias em US$ 45.750”, disse.
Hathorn pontua que agora o principal desafio para os compradores será consolidar ganhos adicionais para US$ 55.000 sem perder o ímpeto ao longo do caminho.
Rumo a 100k
Ulrik K.Lykke Diretor Executivo do fundo de hedge de criptoativos ARK36, já é mais otimista e declara que o Bitcoin romper a marca de US$ 50 mil é o primeiro passo para atingir U$ 85 mil e depois US$ 100 mil.
“Se o Bitcoin puder manter um nível acima de $ 50.000, será um passo significativo para que os preços do Bitcoin atinjam $ 85.000 ou $ 100.000 no terceiro e quarto trimestre, embora seu ATH anterior de $ 64.000 também possa atuar como um ponto de resistência”, disse.
Segundo ele, o primeiro motivo para esperar preços BTC mais altos é que a tendência de preço atual é impulsionada principalmente por compras à vista. Quando o Bitcoin estava nos níveis de US $ 50.000 da última vez, grande parte da atividade do mercado era alavancar negociações, o que tornava a estrutura de mercado muito menos resiliente.
Ainda segundo ele, agora a grande maioria das notícias relacionadas ao Bitcoin é positiva e alguns problemas negativos foram resolvidos, como a questão envolvendo a mineração de Bitcoin e suas fontes de energia.
“No início deste ano, o sentimento dos investidores era insaciável em meio às expectativas de altas parabólicas, mas os mercados raramente se movem em uma direção, mesmo em um mercado altista. Os fundamentos da cadeia de blocos e um grande número de posições de desalavancagem nos tornam bastante otimistas quanto ao desenvolvimento da tendência de alta, uma vez que a barreira de $ 50.000 tenha sido rompida”, pontuou.
Ficar de olho não apenas no Bitcoin
Para Ruud Feltkamp, CEO da Cryptohopper, a atual alta no Bitcoin repete o movimento de 2017, mas um retrocesso em setembro é esperado.
“Este ciclo é muito semelhante ao de 2017. Um mês atrás, isso permitiu uma previsão de que o Bitcoin ultrapassasse US $ 50 mil em breve, o que já aconteceu. Se esse padrão continuar, acho que o preço vai cair no próximo mês ou depois antes que o BTC inicie uma nova alta que quebrará o recorde histórico estabelecido em US$ 64 mil”, disse.
A alta no preço do Bitcoin também movimentou o mercado de altcoins que viu a Cardano (ADA) romper todas as resistências e superar seu maior valor histórico.
Um relatório compartilhado pelo provedor de dados Sentifi, mostra que além do Bitcoin os investidores também estão atentos a Stellar (XLM) e a Binance Coin (BNB), criptoativos que estão entre os cinco que receberam mais atenção dos comerciantes segundo as métricas da empresa que analisa desde redes sociais, portais de comunicação e negociações.
Já a Dogecoin vem perdendo o carisma entre os investidores e caiu 20% nas métricas de interesse sendo superada pela Chainlink (LINK) e Ethereum (ETH) permaneceram entre os cinco primeiros, com as respectivas pontuações de sentimento de 35 e 34.
Quem também perdeu o interesse do público foi o Uniswap (UNI) e a Litecoin (LTC) que devem ser substituídas ao longo da semana por Cardano e Solana na medida que estas criptomoedas continuem a manter seu preço em ascensão.
LEIA MAIS