Analistas apontam fim do sofrimento e novo rali do Bitcoin em meio a derretimento de rival do Ethereum

Duas análises convergem para a proximidade do fundo do poço e uma possível reversão de preço do BTC enquanto uma altcoin poderá ter dias difíceis.

Negociado em torno de US$ 21,4 mil e estável nesta quarta-feira (24), o Bitcoin (BTC) pode já estar contando os dias para o final de seu mercado de baixa, iniciado com um grande crash que abateu o mercado de criptomoedas no início de dezembro e fez derreter cerca de 70% da capitalização de mercado, percentual semelhante ao recuo do BTC desde então. A avaliação foi feita recentemente pelo analista de pseudônimo Pentoshi e converge para previsão do analista de dados on-chain Will Clemente, que disse aos seus 658 mil seguidores no Twitter que as fitas de hash indicam capitulação dos mineradores, o que poderá favorecer um novo rali do BTC.

Caso o Bitcoin troque os dias de agonia por novas altas de preço, o mesmo poderá não acontecer para o Cardano (ADA), token de uma das redes blockchains consideradas como uma das principais concorrentes da rede Ethereum (ETH). Pelo menos foi o que sugeriu o popular trader de pseudônimo Capo ao dizer para seus 485 mil seguidores que o ADA deverá sofrer uma grande queda de preços ao longo das próximas semanas.

Em relação ao Bitcoin, Pentoshi observou que a criptomoeda tangenciou a linha de US$ 20 mil três vezes em um período de aproximadamente um mês, o que seria um indicador de que a demanda de BTC se esgota nesta região e, portanto, uma área de reversão de preço. 

“Coisas que parecem seguras, mas não são… Podemos subir? Sim. Eles quase certamente serão executados e ou levarão a uma bomba nuclear. Também sim. Estes quase sempre são configurados como uma armadilha para longos que se acumulam ao longo do tempo pensando que é ‘suporte de titânio’”, disse.

Pentoshi acrescentou que o BTC está sendo negociado abaixo da média móvel de 200 semanas, o que marcou o fundo em ciclos de baixa em outros períodos e que os traders que compraram a criptomoeda no topo do último rali, chegaram atrasados e acabaram vendendo para reduzirem suas perdas. 

Por sua vez, o analista cripto Will Clemente usou outra métrica para argumentar que o BTC virou para uma tendência de alta pela primeira vez este ano. No caso as fitas de hash, que tentam identificar momentos de capitulação por parte dos mineradores, o que se traduz como uma espécie de desistência que leva os investidores a venderem pelo menor preço, de acordo com a plataforma de análise on-chain LookIntoBitcoin

“As fitas de hash do Bitcoin emitiram um sinal de compra pela primeira vez desde agosto de 2021, marcando o fim de um período de mais de dois meses de capitulação do minerador e profunda pressão nas margens do minerador”, explicou.

Clemente ponderou que o indicador é baseado nas médias móveis da taxa de hash, o que depende de alguma capacidade de lucratividade com o preço do BTC. 

“Houve vários miniperíodos capitulatórios (veja você mesmo abaixo), mas as fitas de hash ofereceram bons sinais em geral.
Eu gosto deles porque semelhantes ao Puell Multiple, eles são simples e baseados nos primeiros princípios em torno da lucratividade do minerador. Essa indicação significa que os mineradores estão se conectando novamente, aumentando o custo de produção do BTC”, justificou. 

No que diz respeito ao ADA, Capo usou um mapeamento a partir de maio para observar um padrão de cunha ascendente que se iniciou com o rali do final de julho e fez o token se aproximar de US$ 0,60 no dia 16 de agosto, quando a altcoin, por conta do recuo do mercado, iniciou uma retração acumulada em 25% na última semana. O analista, que também mapeia picos e vales, acredita que o ADA cairá para a faixa de US$ 0,28 a US$ 0,30 nas próximas semanas, o que representaria uma retração em torno de 40% em relação a US$ 0,46 que era precificado o token na manhã desta quarta-feira (24).

O que também parece não está ajudando a Ethereum killer é o atraso da atualização Vasil, um aguardado hard fork na rede Cardano, objeto de tensões na comunidade, embora o fundador do protocolo, Charles Hoskinson, tenha argumentado não ser culpado, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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