Analistas indicam Ethereum, Tezos, Uniswap e Pancake, enquanto alta no Bitcoin não convence e pode jogar o BTC a US$ 35 mil
‘O momento é de cautela para o investidor de criptomoedas que visa vender seus ativos. Mas, se ele está pensando em adquirir outros ativos, agora é o período ideal, pois os preços estão baixos’, destaca analista
Embora o preço do Bitcoin (BTC) tenha recuperado parte de seu valor e retornado acima de US$ 43 mil, a alta não tem convencido os analistas de criptomoedas que acreditam que o movimento para cima expressa somente mais um momento de negociação lateral.
De acordo com o analista brasileiro Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, o preço do Bitcoin pode ficar negociando todo o mês de outubro nos níveis atuais e, portanto, também não devem ser observadas grandes altas no mercado de altcoins.
“O Bitcoin está em um cenário gráfico adverso. Embaixo das médias móveis, consideramos um cenário baixista de curto prazo. Temos forte suporte nos 38k e 40k USD podendo continuar nesse movimento lateral/baixista ao longo de outubro e passando a melhorar na segunda metade do mês”, destaca.
Analisando o gráfico o analista chama a atenção para as EMA de 20, 50, 100 e 200 dias e também para a MA de 200 dias como pontos chaves a serem observados.
Na mesma linha, Lucas Schoch, CEO e fundador da Bitfy, empresa brasileira de criptomoedas, aponta que o cenário baixista para o BTC foi motivado pelas notícias vindas da China como o caso da Evergrande e o novo reforço de que os criptoativos são proibidos no país.
Schoch destaca que o Bitcoin vem lutando para se manter acima dos US$ 40 mil dólares e com expectativas pessimistas, prevendo queda para até US$ 35 mil dólares nos próximos dias.
“Ao contrário dos demais, me baseando nos dados on chain, estamos em um momento de compra, chegando em uma estabilidade na migração dos mineradores da China para outros locais nos últimos meses. O hashrate tende a subir nos próximos meses e isso resultará em alta do preço do ativo”, afirma.
Altcoins
Ambos os analistas também concordam que como o movimento no preço do Bitcoin não convence para a criação de um cenário altista no curto prazo isso também deve afetar todo o mercado de criptoativos e, portanto, o momento é de cautela.
Neste cenário, Tasso Lago prefere não destacar nenhuma altcoin específica, uma vez que, segundo ele, o Bitcoin tende a puxar todo o mercado para um recuo.
Porém ele aponta que o Ethereum (ETH) é uma boa opção para ir se posicionando para o longo prazo.
“O Ethereum é uma boa opção para o longo prazo na região dos US$ 2600 US$ 2800 por ser defendida pelo suporte gerado pela EMA + MA 200. Posteriormente destaco a região dos U$2200, que é uma boa zona de suporte também, contando com um recuo do Bitcoin, poderia atingir essa região. Ainda não acredito na retomada de um bear market, por isso creio que ainda faça sentido posições de médio-longo prazo”, afirma.
Já Lucas Schoch embora concorde com Lago destaca que mesmo em um período turbulento, algumas criptomoedas vêm se destacando nesse período.
“Entre elas a Tezos, blockchain criado com objetivo de servir como base de infraestrutura hiper escalável para criação de smart contracts assim como o ethereum, entretanto com uma estrutura democrática baseada em votos por XTZs o token da rede, possibilitando que as melhorias na tecnologia sejam votadas por quem tem posse dos tokens da rede. Ela vem com alta de 17% nos últimos 30 dias”, afirma.
Schoch também pontua destaque para Uniswap (UNI) e a Pancake Swap (CAKE), plataformas market maker para swaps de criptomoedas alegando que em momentos de crise ou hipe, todos os provedores de liquidez tem muito fluxo transacional. A volatilidade desses players pode ser um indicador de instabilidade.
“O momento é de cautela para o investidor de criptomoedas que visa vender seus ativos. Mas, se ele está pensando em adquirir outros ativos, agora é o período ideal, pois os preços estão baixos”, finaliza.
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