Analistas dizem que transações e atividade recente da CoinBene são ‘consistentes’ com hack de exchange

Analistas da Elementus identificaram US$ 105 milhões saindo das carteiras da exchange CoinBene, argumentando que os padrões são “consistentes com a maneira que os hacks de exchange geralmente acontecem”

Os cientistas de dados da empresa de infraestrutura blockchain Elementus publicaram detalhes de recentes transações da exchange cripto CoinBene que eles consideram suspeitas, começando com US$ 105 milhões em cripto sendo rapidamente removidos das carteiras quentes da exchange.

Os apontamentos, supostamente baseados em dados colhidos usando a Elementus Query Engine, foram publicados em 27 de março. A Elementus também oferece dados brutos verificáveis independentes que os leitores podem fazer download e comparar contra a blockchain Ethereum (ETH).

Como noticiado anteriormente, a Coinbene havia tentado reassegurar a seus usuários que o período imprevisto de manutenção não era devido a um hack, como alguns membros da comunidade suspeitavam.

Em sua descoberta recente, a Elementus declara enfátivamente que não busca “rebater o que a CoinBene já declarou”.

Ela porém apresenta uma série de observações importantes baseadas na pesquisa, argumentando que o padrão identificado e sequência de eventos são “consistentes com a maneira com que hacks de exchanges acontecem” — por exemplo, “uma grande quantia de fundos sacados rapidament, período de inatividade, fundos remanescentes armazenados em carteiras frias”.

Os apontamentos da Elementus são organizados como uma timeline, indo de 25 a 26 de março no horário ETC:

“Segunda, 25-mar, 2:58pm: Uma série de transferências totalizando US$105M em valor, começando na carteira da CoinBene em três endereços diferentes. Segunda, 25-mar, 6:24pm: A carteira quente da CoinBene cessa toda a atividade e permanece inativa por 8 horas. Terça, 26-mar, 2:44am: Carteira quente da CoinBene começa a mover fundos para a carteira fria.”

Os pontos principais da Elementus são focados no cato de que o montante de cripto transferido é grande, enquanto essas grande transferências podem mesmo ocorrer quando exchanges movem fundos entre carteiras quentes e frias, “o que claramente não está acontecendo aqui”, já que:

“Depois de deixar a CoinBene, os tokens foram rapidamente movidos para a Etherdelta, onde foram vendidos por ETH. Uma grande quantia de fundos também foi movida para exchanges centralizadas, incluindo Binance, Huobi e Bittrex. Os fundos continuam se movendo para exchanges enquando eu escrevo isso.”

As transferênsicas entre diversas carteiras intermediárias, a Elementus então argumenta, não é típico de exchanges, mas em vez disso é característica de pessoas que querem cobrir seus rastros ao canalizando fundos ilícitos através de uma série de “endereços de varredura”.

A Elementus observa que US$ 105 milhões em valor de mercado cobre a posição de 110 criptos diferentes, com a maior posição sendo os US$70 milhões do Maximine, um token cujo preço subiu 754,5% desde o começo de março.

A Elementus também observa que a CoinBene foi identificada por um exemplo importante na recente análise da provedora de índices cripto Bitwise Asset Management de suspeita de volumes de negociação falsa em exchanges cripto, apresentada à United States Securities and Exchange Commission na última semana.

Como já noticiado, a CoinBene — atualmente ranqueada como 10a no CoinMarketCap por volume de negociação diária ajustado — disse que o tempo de manutenção foi uma medida preventida, já que ela têm trabalhado na atualização de segurança da carteira da exchange.

Você pode gostar...