Analistas defendem a volatilidade no Bitcoin, mas afirmam que deve atingir US$ 20.000 até o fim do ano

Na tarde de ontem o Bitcoin passou pelo tão aguardado halving e reduziu pela metade a remuneração dos mineradores. Vários investidores esperam que, com a diminuição da oferta de novas criptomoedas no mercado, o preço do bitcoin valorize e atinja patamares recordes.

Porém, a discussão sobre o impacto do halving no preço da criptomoeda é motivo de muito debate entre os especialistas. Há quem acredite que o bitcoin deve atingir uma nova máxima e chegar a ser comercializado por US$ 100.000, outros acreditam que a moeda virtual voltará aos mesmos patamares de 2017, mas uma coisa é certa, existe uma tendência de alta nos preços.

Expectativa pode gerar volatilidade

Apesar de indicarem a tendência da alta de preços da moeda virtual, os especialistas brasileiros são cautelosos e evitam fazer uma projeção de preço. Mas todos acreditam que a alta ocorrerá, principalmente no médio prazo.

Para Samir Kergage, head de tecnologia da Hashdex, as visões diferentes sobre o efeito do halving no preço da criptomoeda devem gerar uma grande volatilidade no curto prazo.

A repercussão do halving vai educar as pessoas sobre o que faz do bitcoin um ativo previsivelmente escasso. Essa escassez é um atributo essencial de uma boa reserva de valor e tende a promover a adoção da criptomoeda. Além disso o momento é muito oportuno, já que os bancos centrais das maiores economias do mundo estão imprimindo dinheiro em quantidades recordes.

Esse buzz gerado pelo halving vai fazer propaganda para o bitcoin e, consequentemente, tende a trazer uma maior demanda para o mercado. Porém, nos primeiros meses a tendência é que o preço da criptomoeda siga volátil.

A expectativa é que o impacto do halving seja sentido em 6 meses, mas dependendo da demanda pode ser que o mercado se antecipe, precificando antes o corte da oferta.

Além disso, nem só de oferta e demanda vive o bitcoin. Com a queda da recompensa, os mineradores passam a ter um problema para sustentar os negócios, já que o custo deles é em moeda fiduciária, o que vai forçar uma correção do valor da moeda virtual.

Volatilidade agora, alta depois

Thiago Cesar, CEO da Transfero Swiss AG, acredita que o halving colocou o bitcoin em um novo patamar. Ele ressalta que é normal a ocorrência de uma grande volatilidade no mercado antes e depois do halving.

A previsão é que até o final do ano, a criptomoeda seja negociada entre US$ 16 mil e US$ 20 mil.

Além disso, as previsões para o mercado brasileiro são ainda melhores. Isso porque para quem investe nas exchanges brasileiras, o preço da moeda virtual está em real. Ou seja, além da prevista alta no bitcoin, os brasileiros também vão ganhar com a desvalorização do real ante o dólar.

João Canhada, CEO da Foxbit, disse que estava esperando um novo recorde de valor do bitcoin em 2021, mas dado os patamares atuais da moeda americana no Brasil, é provável que o bitcoin supere o preço histórico de 2017 muito mais rápido em nosso país do que no restante do mundo.

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