Analista explica porque o atual rally do bitcoin é diferente e mais sustentável do que o de 2017
Nos últimos meses, o bitcoin bateu a maioria dos recordes no Brasil, um movimento que lembra muito o bull run de 2017. Porém, três anos depois, o cenário é completamente diferente.
Em 21 de outubro, o preço do Bitcoin ultrapassou a sua máxima histórica de R$ 70 mil no Brasil. Valor esse registrado pela última vez em dezembro de 2017.
Dez dias depois, alcançou R$ 80 mil e nesta última sexta-feira (13), foi a vez dos R$90 mil. Em menos de um mês, foi recorde atrás de recorde para bitcoin no país.
A desvalorização do real frente a alta do dólar, apesar de justificar o aumento, não é o único motivo pela crescimento da criptomoeda em solo brasileiro. Reflete, no entanto, um movimento global que anuncia a chegada de um novo bull run do bitcoin.
Quem explica essa chegada do bitcoin até aqui é Nic Carter, analista e fundador da empresa de dados Coin Metrics. Ele aponta os principais motivos para afirmar que o atual ‘rally silencioso’ do bitcoin é muito diferente do que aconteceu em 2017.
Endereços com saldo de US$ 10 ou mais
O primeiro ponto é o aumento da adoção do bitcoin. Representado aqui pela quantidade de endereços com saldo superior a US$ 10.
O número de pessoas investindo e segurando bitcoins, está bem acima dos índices de 2017. O que é um impulsionador fundamental do preço da criptomoeda.
Aumento de contratos futuros de Bitcoin
Os contratos em aberto de futuros do bitcoin na CME é outra estatística importante para levar em conta, segundo o analista Nic Carter.
A CME é a maior bolsa de derivativos do mundo e movimenta trilhões de dólares em investimentos.
Conforme indica o gráfico, atualmente o número de contratos em aberto na CME registra os maiores índices de todos os tempos.
Altamente regulada, robusta e confiável, a CME é a uma escolha natural de muitos investidores de grande porte que querem investir em bitcoin.
Além disso, o aumento de fundos de investimentos e adoção da criptomoeda por grandes empresas, demonstra que o medo do mercado tradicional de se expor ao bitcoin está perdendo força.
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Capitalização realizada do bitcoin
A capitalização realizada é métrica alternativa à capitalização de mercado. Ela define o preço de cada unidade de bitcoin, de acordo com a data em que foi transferido pela última vez.
Ou seja, considera o suprimento líquido de Bitcoin em um sentido prático, de quando a criptomoeda muda de mãos.
A capitalização realizada está hoje em US$ 129 bilhões. Um número bem acima do pico de US$ 90 bilhões no início de 2018.
De acordo com o analista Carter, essa capitalização mais alta indica que investidores atuais tem mais maturidade e paciência. Em contraste com se via no bull run de 2017. Naquele momento, a grande parte das pessoas estavam ansiosas em obter lucro.
O analista conclui que há três anos atrás, o bull run do bitcoin foi marcado por um derretimento. Impulsionado naquele momento por ICOs, cobertura da imprensa e entusiasmo dos investidores de varejo. O preço do bitcoin não conseguiu se segurar muito tempo no topo.
No entanto, o bull run que se aproxima agora em 2020 é muito mais sustentável. O mercado de hoje está mais maduro, regulado, líquido e eficiente. Finalmente, o bitcoin está pronto.
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