AmFi mira mercado internacional com tokenização de dívidas e quer movimentar R$ 500.000.000

Tokens têm como lastro ativos tradicionais como Cédulas de Crédito Bancário (CCBs), duplicatas ou ativos judiciais.

De olho no mercado de capitais, a startup brasileira AmFi aposta na tokenização de ativos financeiros tradicionais para movimentar até R$ 500 milhões por meio de sua plataforma, em valor total bloqueado (TVL, na sigla em inglês) ainda este ano. 
Transacionados na rede Avalanche e lastreados em ativos tradicionais como Cédulas de Crédito Bancário (CCBs), duplicatas ou ativos judiciais, os tokens também são ofertados a investidores estrangeiros através de pools de empréstimos vinculados a estruturas jurídicas das dívidas.
É o que enfatiza o CEO e cofundador da fintech Paulo David, que defende o avanço brasileiro em um contexto de evolução da tokenização de ativos, em diversos países.  
“O Brasil é muito avançado quando o assunto é mercado financeiro: tecnologia, mitigação de risco e inovação fazem parte do nosso DNA. Chegou a hora do mercado de capitais evoluir também e vamos fazer isso juntos com nossos parceiros e clientes. A tecnologia tem sido nossa aliada para essa evolução, e já estamos trabalhando com alguns dos players mais importantes e sensacionais do mercado e além de facilitar o acesso à liquidez, reduzimos o tempo e os custos para acessar capital”, argumenta.
Em relação aos movimentos regulatórios no país, Paulo David revela que “estamos participando de uma agenda regulatória intensa com o Banco Central e nos dá imenso orgulho termos sido um dos selecionados para discutir tokenização do mercado financeiro.”
Além de Paulo Davi, o time de sócios da empresa é composto por João Pirola, CPO; Artur Malabarba, CTO; Eduardo Tang, CLO; Rodrigo Sousa, CFO; e Otávio Schwanck, Tech Leader. Empreendedores que acumulam passagens por oiutras grandes empresas do mercado financeiro, como a Biva, vendida para a PagSeguro em 2017, e a Grafeno, uma das principais fintechs do Brasil, com mais de R$ 180 bilhões transacionados apenas em 2023 e que atende mais de 6 mil empresas em todo o país.
“Termos muita proximidade com o mercado tradicional, construímos ao longo de quase uma década um relacionamento próximo com o regulador para que possamos construir a plataforma da AmFi de uma forma segura e aderente às normas e legislações vigentes, criando uma solução de ponta, que agradar todos os envolvidos”, completa João Pirola. 
Quem também está de olho na regulamentação é a Anbima, que abriu uma consulta pública voltada à autorregulação de divulgação de riscos de fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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