Americano que vendia drogas na deep web é condenado a 11 anos de prisão

O americano Bryan Connor Herrell, 26, foi condenado na segunda-feira (01) a 11 anos de prisão por intermediar a venda de drogas e outras transações ilícitas por meio da deep web. Segundo O Ministério Público dos EUA, Herrell, que usava os apelidos ‘Penissmith’ e ‘Botah’ no site AlphaBay, recebia Bitcoin pelo serviço. 

De acordo com a nota do Departamento de Justiça americano (DoJ), Herrell ajudava vendedores e compradores em centenas de milhares de transações ilícitas de armas, drogas, identidades roubadas e números de cartão de crédito. Na época que começaram as investigações, o AlphaBay era o maior mercado de drogas online do mundo.

“Esta sentença demonstra os esforços coletivos das autoridades policiais dos Estados Unidos e da Europa para encontrar e processar atores criminosos onde quer que se escondam”, disse o procurador-geral Brian C. Rabbitt.

O procurador McGregor W. Scott reforçou:

“Esta sentença serve como mais uma prova de que os criminosos não podem se esconder atrás de tecnologia para infringir a lei”.

Segundo Scott, operar por trás do manto da deep web pode parecer uma proteção contra investigações criminais, mas as pessoas deveriam pensar duas vezes antes de pedir ou vender drogas online. “Você será pego”, alertou.

EUA treinam agentes para deep web

Sean Ragan, agente especial FBI, explicou que a agência americana está empenhada na capacitação de agentes para investigações cibernéticas. Segundo ele, a equipe é altamente treinada e trabalha com parceiros em todo o mundo no combate a ameaças oriundas da deep web.

“A sentença de Herrell envia uma mensagem clara aos criminosos de que a darknet não é um porto seguro para transações ilegais”, comentou, acrescentando:

“Casos como esses exemplificam como o FBI e nossos parceiros internacionais estão eliminando a falsa promessa de anonimato que os mercados negros alegam fornecer”.

Dono do site morreu

De acordo com as investigações, em julho de 2017, a Polícia Real da Tailândia executou um mandado de prisão contra Alexandre Cazes, criador da AlphaBay. Com apoio do FBI e do Departamento de repressão e controle de narcóticos (DEA), ele foi preso em sua residência em Bangkok.

No momento de sua prisão, a polícia descobriu o laptop de Cazes aberto e em um estado não criptografado. Com o descuido, o suspeito acabou revelando toda suas contas e fundos.

Cazes foi encontrado morto em sua cela logo após sua prisão. A polícia da Tailândia considerou sua morte um suicídio, supostamente por asfixia com uma tolha de banho.

Caso Silk Road

O processo da Alphabay remete ao antigo caso Silk Road, plataforma também da deep web comandada por Ross Ulbricht, que segue cumprindo prisão perpétua nos EUA. Assim como Cazes, Ulbricht operava negócios ilícitos com Bitcoin .

Sob o apelido “Dread Pirate Roberts”, Ulbricht foi acusado e condenado por sete crimes em 2015, entre eles lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. 

Em 2018, suas defesa tentou, sem sucesso, uma revisão de pena. No ano passado, Ulbricht enviou uma carta a Roger Ver, fundador do site Bitcoin.com e ‘pai’ do Bitcoin Cash (BCH).

Na carta, ele pediu ajuda a Ver em sua tentativa de convencer o presidente dos Estados Unidos a diminuir sua sentença por meio de uma ação chamada “freeross.org”.

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