Alto poder energético do Paraguai atrai a atenção de mineradores de criptomoedas

Na Cidade del Este, no Paraguai, a eletricidade barata e abundante da Hidrelétrica de Itaipu movimenta cerca de 20 mil unidades de mineração de criptomoedas.

Como na antiga lenda de Eldorado, pessoas de outras partes do país — e do mundo — buscam a sorte e o enriquecimento a partir da exploração de moedas digitais.

(Foto: Pixabay)

A usina hidrelétrica mais poderosa do planeta e seu farto suprimento de energia faz do Paraguai um cenário ideal para a mineração de Bitcoin.

O que não é visto com bons olhos por alguns especialistas em desenvolvimento, que  acreditam que as autoridades devem elevar os preços da eletricidade e usar tais recursos para combater a pobreza generalizada.

“Algumas pessoas se tornaram multimilionária”, comentou Gregorio Bareiro, empresário de tecnologia, para o The Guardian. Ele, que possuía um empreendimento de ar-condicionados, teve o seu primeiro contato com o ecossistema de Bitcoins ao fornecer sistemas de resfriamento para os investidores.

Atualmente, Bareiro é um dos player regionais dessa indústria, ao contar com 750 computadores que aluga para brasileiros, europeus e norte-americanos.

Tratado de Itaipu

O Paraguai possui metade da produção da Usina binacional de Itaipu, localizada na fronteira com o Brasil. Entretanto, as poucas fábricas e sua constituição nacional não conseguem absorver todo esse poder energético.

Segundo o tratado de Itaipu, assinado entre as duas nações, o excedente não utilizado por um dos países seria repassado à outra parte.

Como o Paraguai utiliza apenas 13% da energia gerada pela usina, o restante é prioritariamente vendido ao Brasil.

Meca das criptomoedas

Esse excesso de poder faz com as mineradoras de criptomoedas paguem por uma eletricidade três vezes mais barata que os valores praticado na vizinha Argentina, por exemplo. O que levou ao influxo de fábricas e investidores estrangeiros dos últimos meses para o país.

A oferta paraguaia de energia limpa e abundante pode torna-la uma meca para os detentores de moedas digitais, ao mesmo tempo em que garante lucros para o Estado — já que o interesse em criptomoedas tende a crescer.

“O Paraguai hoje é o único lugar onde há energia abundante”, destacou Bareiro. “Podemos nos tornar o centro da mineração global de Bitcoin.”

Para o empresário, o Paraguai ganhará mais se reduzir as exportações de energia para o Brasil, a fim de suprir a indústria de mineração de criptomoedas, sugerindo que tais medidas poderiam ajudar o país a liquidar suas dívidas dentro  de uma década.

Ele conclui que a mineração de Bitcoin não deve ser vista como um desvio das obrigações de desenvolvimento do Paraguai, mas como uma das opções mais sustentáveis para atendê-las.

Fonte: News.Bitcoin

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