Alocação em cripto deve prever ‘cenário adverso’, diz Hashdex após ETF cair 24%
Em comunicado emitido a investidores nesta quinta-feira (20), a Hashdex aborda as recentes quedas vistas no mercado de criptomoedas que causaram impacto negativo também no HASH11, primeiro ETF de criptomoedas da bolsa brasileira.
O ETF, negociado na B3 com o código HASH11, foi profundamente impactado pelas quedas recentes vistas no mercado de criptoativos, impulsionadas por comentários de Elon Musk e decisões do governo chinês. O ETF acumulou uma desvalorização de quase 24% nos pregões realizados nesta semana.
Após o recuo dos mercados, a empresa emitiu um comunicado um comunicado em que tenta aprofundar os motivos das quedas recentes e recomendar como investidores podem atuar durante um mercado de baixa.
No documento, a Hashdex indica princípios que os investidores devem seguir ao querer alocar seus recursos em criptoativos. O primeiro, segundo a fintech, é o de não alocar grande parte de seu capital nesse tipo de investimento, devido a possíveis “cenários adversos”.
“Sempre preconizamos que, para a maioria dos perfis de risco, o percentual alocado deve ser de um dígito, geralmente, baixo”.
Segundo a empresa, o maior benefício em não alocar todo o capital nesse mercado é que mesmo em cenários de grandes quedas, como o atual, os investidores irão se sentir confortáveis para manterem as suas posições a longo prazo.
Investidor deve visar longo prazo, diz Hashdex
Por falar em longo prazo, esse é o segundo princípio destacado pela Hashdex. A empresa enfatiza que por mais que seja “tentadora” a possibilidade de grandes retornos em pouco tempo, a sua recomendação é que os investimentos em seus fundos sejam feitos visando um horizonte de tempo maior.
A gestora usa como exemplo o caso de investidores que adquiriram Bitcoin no final de 2017, e que só puderam ver retornos financeiros com a moeda a partir do fim de 2020. A Hashdex destaca que os investidores que buscam apenas lucros no curto prazo podem se arrepender de entrar no mercado de criptomoedas.
“É importante que o tamanho da alocação seja tal que, mesmo em um cenário adverso de forte queda, o investidor sinta-se confortável para mantê-la”, diz o texto.
A empresa enfatiza que apesar de a ocorrência de grandes quedas, os criptoativos contribuem para a diversificação de diversas carteiras de investimentos, e podem trazer bons resultados ao longo dos anos para os seus detentores.
Fundada em 2018 e especializada em gestão de ativos financeiros, a Hashdex também lançou em fevereiro deste ano o primeiro fundo de investimento negociado em bolsa (ETF) totalmente voltado a criptomoedas do mundo. O ETF, assim como outros fundos oferecidos pela empresa, seguem o índice Nasdaq Crypto Index (NCI), criado pela Nasdaq em parceria com a gestora brasileira.
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