Álbum raro de músicos brasileiros vira NFT e vai a leilão

Os músicos brasileiros Jaime Alem e Nair Cândida vão transformar o seu álbum Amanhecermos, um dos mais conhecidos, em tokens não fungíveis (NFT), que estarão disponível o mercado Kick Off a partir de quarta-feira (9).

Eles se tornaram conhecidos por suas obras musicais, Jaime foi o diretor musical de Maria Bethânia por 28 anos e Nair Cândida sua parceira na vida e no trabalho.

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Pioneiro em tudo, já nos anos 70, uma época em que ninguém falava em carreira solo, Alem resolveu partir para uma produção independente.

A coleção é composta por cinco NFTs, cada um com dez cópias. Cada token é composto de um mp4, três fonogramas inéditos da dupla, gravados em 1979, e vídeos com fotos exclusivas e registros de época.

Os dez maiores lances no leilão também recebem um exemplar do vinil original autografado e ainda participam de uma live de lançamento com Jaime e Nair.

Sobre o lançamento da coleção, diz Alem:

“Finalmente Nair e eu estamos realizando o sonho de lançar o álbum Amanheceremos no formato digital, era uma demanda antiga dos aficionados por esse disco. Os streamings são fato consumado e a novidade dos NFTs é muito bem-vinda, pois abre uma porta direta para os fãs terem acesso a um material de áudio e vídeo inédito e exclusivo – podemos dizer histórico – incluindo músicas que não entraram no LP de 1979. É tudo muito novo, mas temos uma boa expectativa, principalmente porque esperamos obter o suficiente para financiar o próximo disco de Jaime e Nair”, conclui.

O leilão ocorre entre os dias 9 e 11 de março, no site da Kick Off.

Amanhecermos

A escolha do álbum Amanhecermos para ser transformado em NFT não ocorreu por acaso. Ele se tornou uma das obras mais importantes da dupla, por ter participações especiais, como a do Gonzaguinha.

Alen conta como Nair e ele compuseram o álbum:

“Integramos o movimento de músicos e produtores independentes nos idos dos anos 70, em plena campanha pela abertura democrática. Esse LP tem uma história linda de engajamento no movimento pela Anistia, naqueles tempos de chumbo. Achamos muito apropriado relançarmos no digital agora, tanto pelos fãs, que nos pediam para fazê-lo, quanto pelo momento que vivemos. Aliás, muitos o consideram atualíssimo”.

A faixa título conta com a participação de Gonzaguinha e nasceu de uma amizade entre o casal e o cantor.

“Eu e Nair conhecemos o Gonzaguinha, o Sérgio Ricardo e o João Bosco por conta do movimento pela regulamentação e proteção dos direitos autorais, o SOMBRÁS. Tínhamos nos aproximado dele através do meu irmão Hamilton e do nosso amigo e compadre Maestro Jota Morais, que foi grande parceiro e arranjador do Gonzaguinha.”

Alem conta que na época do lançamento do vinil, algumas músicas ficaram fora, entre elas: “Coração Vazio” (Jaime Alem) e “Misturei Mandei” (Carlos Rocha e Jaime Alem). As músicas ficaram perdidas, e só foram encontradas durante a pandemia, quando o maestro pode procurá-las com mais cuidado. As músicas foram recuperadas, e remasterizadas, e passaram a fazer parte da coleção de NFTs.

 “Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que ela continha essas duas gravações e ainda uma versão voz e violão de “Cinzel de Ouro”, gravada ao vivo em Juiz de Fora um ano antes do lançamento do LP.

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