Após o hype de Elon Musk, baleias do DOGE são rastreadas ‘escondendo’ a memecoin: US$ 413 milhões
Transações aconteceram durante crash desta semana, já que a última alta da ‘queridinha’ do dono do Twitter foi marcada por um fluxo em direção às exchanges.
Acompanhar o fluxo das criptomoedas em posse de grandes carteiras, as populares baleias, pode ser um indicador importante em relação ao sentimento e estratégias de mercado desses grandes players. Em linhas gerais, as baleias nadam em direção às plataformas das exchanges quando veem chances de lucro com a alta de preços, mas abandonam suas posições quando o aumento de oferta ou fatores especulativos, externos ou internos, derrubam os preços. Com isso, elas preservam seus ganhos e aguardam até que o mar volte a estar convidativo para novas negociações.
As movimentações das baleias do Dogecoin (DOGE), considerado uma espécie de “menina dos olhos” do bilionário Elon Musk, podem ser consideradas um exemplo emblemático da hibernação das baleias após aproximadamente uma semana de fartura. Isso porque, entre o final de outubro e os primeiros dias novembro, o mercado de criptomoedas expressava em alta de preços o entusiasmo do discurso moderado de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.
No último dia 4, por exemplo, uma Chainlink killer se integrava à rede Optimism e disparava 120% enquanto os touros do Bitcoin bufavam por um novo rali, o que acabou acontecendo. Dias antes, uma criptomoeda da “blockchain” do DOGE subia 469% com uma queima de tokens e o hype da carteira de Elon Musk. Isso porque o magnata, que comprou o Twitter recentemente, estaria disposto a integrar uma carteira digital à plataforma de rede social, o que fez o DOGE disparar.
Foi neste cenário de euforia e disparo da memecoin que a plataforma de monitoramento de blockchain Whale Alert rastreou, no último dia 3, uma baleia transferindo 40.501.820 DOGEs, cerca de US$ 5,3 milhões na ocasião, de uma carteira desconhecida para a exchange de criptomoedas Binance.
🚨 40,501,820 #DOGE (5,308,590 USD) transferred from unknown wallet to #Binancehttps://t.co/UEWkM5O6Dn
— Whale Alert (@whale_alert) November 3, 2022
Porém, os mares das criptomoedas começaram a ficar agitados também do começo do mês, quando um balanço patrimonial da Alameda Research revelou uma alta concentração de FTT, token emitido pela empresa irmã da Alameda, a exchange FTX. O que foi visto como um castelo de areia que desencadeou liquidações massivas na FTX e, consequentemente, um despejo que provocou um crash no mercado de criptomoedas esta semana.
Não por acaso, a Whale Alert rastreou na madrugada de quinta, em um intervalo de aproximadamente uma hora, pelo menos seis movimentações entre carteiras desconhecidas do DOGE, responsáveis pela movimentação de 5 bilhões de tokens que, pela cotação do DOGE desta sexta-feira (11), representaram um total de US$ 413 milhões. A maior movimentação foi de 1.999.999.999 DOGE, cerca de US$ 161,1 milhões no momento da transferência.
🚨 🚨 🚨 🚨 🚨 🚨 1,999,999,999 #DOGE (161,113,351 USD) transferred from unknown wallet to unknown wallethttps://t.co/Bn6HAAr8tF
— Whale Alert (@whale_alert) November 10, 2022
Mas as baleias também erram e, quando isso acontece, o estrago é proporcional ao tamanho destes gigantes do mar cripto. Um exemplo foi a baleia da Solana, que naufragou com 2.450.418 SOL usados como garantia de um empréstimo de US$ 44,8 milhões, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
LEIA MAIS: