Advogado e servidor público são suspeitos de aplicar golpe de pirâmide em polícias do DF
O advogado Glauber Melo Nassar e o servidor público Glauco Melo Nassar são investigados pela Polícia Civil do Distrito Federal (DF) por prática de pirâmide financeira.
Os supostos golpistas, que são irmãos, podem ter operado um esquema que deixou dezenas de vítimas, principalmente policiais e servidores. O prejuízo estimado é de meio milhão.
A informação foi revelada pelo jornal Metrópoles.
Esquema dos irmãos prometia 10% de lucro em cima do capital
A suposta pirâmide financeira foi montada pelos irmãos no início do ano passado.
Por meio do esquema, eles prometiam rendimentos de até 10% ao mês. Esse lucro seria supostamente obtido com negociações na Bolsa de Valores.
Consulta feita na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no entanto, aponta que os irmãos não têm autorização da autarquia para captar valores mobiliários ou oferecer contratos de investimento coletivo.
Pirâmide dos irmãos quebrou em março
A pirâmide começou a ruir em março. Desde então, as vítimas começaram a buscar na Justiça os valores perdidos.
Um dos investidores entrou com ação na 16ª Vara Civil de Brasília, pedindo rescisão de contrato e restituição de valores. O valor da causa é de R$ 90 mil.
O juiz responsável pelo caso analisou o pedido e, pelo menos por ora, não concedeu o bloqueio dos valores. O magistrado pediu uma audiência conciliatória
Policial pegou dinheiro da mãe para investir na pirâmide dos irmãos
Outra vítima, segundo o Metrópoles, é um escrivão de polícia que, em depoimento, disse ter investido R$ 238 mil no esquema.
O policial, que não teve o nome revelado, chegou a emprestar R$ 100 mil da mãe para aplicar na pirâmide.
De acordo com a reportagem, o escrivão conheceu o advogado Glauco Nassar em uma festa promovida na metade do ano passado por evangélicos.
Além do escrivão, outros policiais que participaram do evento religioso também teriam caído na lábia do suposto golpista.
Vale lembrar que esquemas de pirâmides financeiras costumam “florescer” em igrejas.
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