Binance é criticada após nova listagem de memecoins
A Binance está sob críticas após a listagem surpresa de duas memecoins da Solana, lançadas há apenas algumas semanas. Os críticos acusam a exchange de facilitar esquemas de pump-and-dump que beneficiam injustamente traders selecionados em detrimento dos investidores de varejo.
Nesta segunda-feira (11), a Binance anunciou a listagem de The AI Prophecy (ACT) e Peanut the Squirrel (PNUT), que possuíam uma capitalização de mercado e volume de negociação relativamente baixos.
Listagem na Binance eleva PNUT em mais de 300%
Após a listagem pela Binance, ambas as memecoins quase triplicaram sua capitalização de mercado em menos de 24 horas. A ACT teve um aumento sem precedentes de mais de 1.000%, elevando sua capitalização para além de US$ 400 milhões.
De forma semelhante, a PNUT, um token inspirado no popular Peanut the Squirrel, teve um aumento de preço de 300%. Além disso, um suposto insider da Binance postou que a exchange cobrou uma taxa significativa pela listagem das memecoins.
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O post foi apagado logo em seguida, mas gerou significativa crítica da comunidade. Apesar disso, a co-fundadora da Binance, Yi He, mencionou que a exchange não cobrou taxas de listagem para esses tokens.
Ao mesmo tempo, um analista on-chain postou no X (antigo Twitter) que 12, das 15 memecoins listadas pela Binance neste ano registraram saltos significativos de valor. Exemplos incluem Moo Deng (MOODENG), Dogwifhat (WIF) e Popcat (POPCAT). Cada um desses tokens teve ganhos de preço superiores a 200% após estrearem na exchange.
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Esse padrão levou Leonidas, co-fundador da plataforma ord.io, a lançar uma petição exigindo aumento na transparência e critérios mais rigorosos para listagens de memecoins. Ele afirma que a abordagem atual da Binance amplifica a volatilidade do mercado, impactando desproporcionalmente os investidores de varejo.
Podemos apenas supor que a Binance está especificamente visando memecoins ‘mortas’ de baixa capitalização que são controladas por um pequeno número de insiders, pois essas são as que conseguem pagar a maior porcentagem do fornecimento como taxa de listagem, que a Binance então ‘despeja’ para gerar receita, disse Leonidas em seu post.
Historicamente, a exchange manteve uma política de listagem rigorosa. Mas sua recente inclusão de tokens de baixa capitalização sinaliza uma mudança. Críticos argumentam que essa nova direção prioriza ganhos de curto prazo em detrimento da proteção de investidores a longo prazo.
As batalhas jurídicas continuam
Além da controvérsia das memecoins, a Binance também está envolvida em várias disputas legais. Mais recentemente, a FTX processou a Binance e seu ex-CEO, Changpeng Zhao (CZ), para recuperar US$ 1,8 bilhão.
O processo alega que Sam Bankman-Fried transferiu esses fundos para a exchange, CZ e outros executivos como parte de seu acordo de recompra de ações em julho de 2021.
Embora a Binance ainda não tenha fornecido qualquer declaração sobre este processo, a exchange e seu ex-CEO têm combatido ativamente a SEC em alegações separadas.
O processo da reguladora, inicialmente apresentado em junho de 2023, alega que a exchange violou as leis de valores mobiliários dos EUA. Essas ações legais surgem enquanto os reguladores adotam uma postura mais agressiva na fiscalização cripto. No entanto, a Binance e Zhao protocolaram uma moção para rejeitar essa queixa no dia 4 de novembro.
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