Bolsonaro ataca o Drex e desabafa: “é uma ferramenta de controle social nas mãos da esquerda”

Em um ataque direto a nova moeda em produção pelo Banco Central do Brasil, o Real em formato digital chamado Drex, o ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou apoio a Deputada Federal Júlia Zanatta, também do Partido Liberal.

De acordo com Bolsonaro, a nova moeda em formato digital é um risco no Brasil, considerando a atual gestão do Governo, sobre Lula. Sem citar diretamente o presidente atual, Jair Bolsonaro declarou que Júlia é uma voz solitária na luta contra o Drex.

“O Drex tá muito superficial no Brasil ainda. Tem uma deputada em Santa Catarina, Júlia Zanatta, tem falado sobre esse assunto, discursado, é quase uma voz isolada ainda, mas eu tô muito simpático com o que ela vem falando, contrário ao Drex. Tudo nas mãos do ser humano que chega pode ser para o bem ou para o mal.

Um avião pode salvar tua vida, como pode lançar uma bomba. Um carro pode levar satisfação, lazer né, mas pode também te levar a um lugar esquisito. Arma de fogo é a mesma coisa.

Com o Drex a preocupação é o seguinte: com o governo que tá aí, poderá, fazer com o governo que nós temos no momento, ter uma ascensão, um controle total sobre a vida econômica daquela pessoa.”

“Se o Drex tivesse funcionado em meu governo, eu não teria controlado ninguém”, diz Bolsonaro

O Drex é uma iniciativa pesquisada e atualmente em fase piloto de testes que começou em 2020, quando Jair Bolsonaro ainda era presidente. O ex-Ministro Paulo Guedes foi um dos primeiros a anunciar a chegada da moeda, naquela época ainda chamada de Real digital. Mesmo assim, a tecnologia ainda não evoluiu para pleno funcionamento e deve chegar ao Brasil apenas em 2025.

De qualquer forma, Bolsonaro destacou que se o Drex tivesse funcionado em seu governo, ele não teria utilizado a tecnologia para controlar socialmente as pessoas.

“Olha só vamos voltar um pouquinho no tempo vamos supor que durante a pandemia, como eu tenho dito a Júlia Zanata, lá de Santa Catarina, o Drex estivesse funcionando. Comigo não tinha problema, eu não ia fazer nenhuma maldade, nenhum controle em cima de ninguém”.

Seguindo falando sobre o assunto, Jair Bolsonaro declarou que nas mãos da esquerda a tecnologia tem o potencial de transformar a vida das pessoas em um “inferno”.

A fala de Bolsonaro foi em uma participação onde concedeu entrevista para o Canal AuriVerde no YouTube, que tem mais de 2 milhões de seguidores. Após a live ao vivo na tarde desta sexta-feira (8), o vídeo já ultrapassou 15 mil visualizações.

Em nota ao compartilhar o vídeo com a fala de Jair Bolsonaro, Júlia Zanatta agradece apoio de ex-presidente ao seu projeto de lei

A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) é a autora do projeto de lei que busca frear o Drex no Brasil, mantendo a obrigação para o Banco Central continue emitindo moedas em espécie. Após receber o apoio do ex-presidente também de seu partido, ela disse que seguirá em batalha e que a “liberdade financeira é um direito inegociável“.

“Jair Bolsonaro dá apoio a nossa luta contra o DREX e o risco de controle absoluto das finanças dos brasileiros pelo Estado. A moeda digital do Banco Central vai além de uma simples ferramenta de monitoramento; é uma ameaça direta ao direito de cada cidadão ao livre uso de seu próprio dinheiro.

Como alertado por especialistas, o DREX possui a chamada “programabilidade”, permitindo que o governo decida o que você pode comprar e onde. Em outras palavras, essa moeda digital abre caminho para o Estado impor limites e controlar sua liberdade financeira.

Por isso, apresentei o projeto 3341/2024! Nossa missão é bloquear essa invasão e proteger os brasileiros de qualquer interferência estatal nas suas finanças. A resistência a esse tipo de controle vem crescendo globalmente – uma das promessas de Trump é não autorizar a CBDC nos Estados Unidos, por exemplo.

Vamos juntos nesta batalha – a liberdade financeira é um direito inegociável!”

Veja o momento da fala de Bolsonaro no vídeo a seguir.

Fonte: Bolsonaro ataca o Drex e desabafa: “é uma ferramenta de controle social nas mãos da esquerda”

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