Mistura de Gerovital com Engov: EMS propõe fusão com a Hypera
A EMS sugeriu nesta segunda-feira (21) uma combinação de negócios com a farmacêutica Hypera, em proposta que envolve uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 20% das ações da Hypera por R$ 30 e o restante em troca de ações. A Hypera informou que seu conselho de administração irá estudar a proposta.
Segundo apuração do Valor Econômico, a operação daria à EMS o controle de ao menos 60% do grupo farmacêutico, podendo ultrapassar 70% conforme a adesão à OPA.
Caso a fusão avance, poderá criar uma farmacêutica com faturamento anual de R$ 15,9 bilhões, com lucro operacional (Ebitda), estimado em R$ 5 bilhões, sendo a maior parte disso vindo da EMS, que hoje é uma empresa menos endividada.
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As conversas para uma eventual fusão ocorrem há mais de um ano, segundo indicam as apurações, com conversas diretas entre Carlos Sanchez, o dono da EMS, com João Alves de Queiroz Filho e a mexicana Maiorem, os principais acionistas da Hypera, que juntos possuem 36% das ações da companhia.
A avaliação de pessoas envolvidas na negociação é de que a combinação poderá gerar sinergias robustas e uma empresa com 17% de participação de mercado, mais que o dobro da Eurofarma, a segunda maior do país.
A EMS é mais conhecida pelos medicamentos Gerovital, Lacday e Balsamo Bengué, enquanto a Hypera é dona de rótulos como Engov, Neosaldina e Benegripe. A Hypera é dona também da Neo Química, marca que dá nome ao estádio do Coritnhians.