Trader indica seis tokens em fase de acumulação e bom momento para investir
Apesar dos supostos bons pontos de entrada, cinco dos seis criptoativos são tokens de governança
O perfil no Twitter que se identifica como Stacy Muur avaliou o interesse de fundos de investimento em dez diferentes criptoativos nesta sexta-feira (1º). Seis desses ativos digitais, defende ela, exibem bons pontos de entrada para investir. A maioria deles, no entanto, são tokens de governança.
Correções criaram bons pontos de entrada
De acordo com publicações feitas utilizando a rede social, Stacy Muur afirma que avaliou as métricas de interesse do smart money e movimentos de acumulação dos dez criptoativos listados.
Ela analisou, então, as variações de preço dos tokens e conclui que seis exibem bons preços de entrada após as correções vistas no mercado de criptomoedas na quinta-feira (31).
O token AAVE, usado na governança da aplicação descentralizada Aave, é um dos ativos mencionados por Stacy. Em sua publicação, ela destaca que grandes fundos estão acumulando o criptoativo na região entre US$ 55 e US$ 60. Ela avalia a cotação atual de US$ 54,39 como um bom ponto de entrada.
Outro ativo mencionado por Stacy é o BADGER, token de governança da organização descentralizada Badger DAO, focada no uso de Bitcoin (BTC) como colateral em diferentes plataformas. A zona de acumulação do BADGER por grandes entidades está localizada entre US$ 1,90 e US$ 2, tornando a cotação atual em US$ 1,97 um bom ponto de entrada.
Somando-se à lista de tokens de governança com bom ponto de compra, na avaliação da autora das publicações, está o STG. O criptoativo é usado para votar nas decisões a serem tomadas na plataforma Stargate, e tem sido acumulado por fundos na região entre US$ 0,55 e US$ 0,58. Atualmente cotado a US$ 0,52, na visão de Stacy, o STG exibe um bom ponto de compra.
A lista também inclui tokens de governança de duas aplicações ‘tradicionais’ das finanças descentralizadas (DeFi): UNI (UNI) e COMP (COMP). O UNI é o token de governança da exchange descentralizada Uniswap, e tem sido acumulado na faixa de preço entre US$ 4,40 e US$ 4,50. O token de governança da Uniswap, atualmente, está cotado a US$ 4,29.
O COMP é o token da plataforma de crédito descentralizado Compound, e tem sido acumulado por grandes investidores na faixa entre US$ 42 e US$ 44, na análise de Stacy Muur. Atualmente, o token está cotado a US$ 40.
Por fim, a autora das publicações menciona o token LINK (LINK), da Chainlink. O ativo é usado para usufruir dos serviços de oráculo da Chainlink, e é o único dos seis que não tem aplicabilidade em governança. Geralmente acumulado entre US$ 5,40 e US$ 5,90, o LINK está cotado exatamente a US$ 5,90 no momento da escrita desta matéria.
Problemas dos tokens de governança
É comum que investidores focando no longo prazo evitem investimentos em tokens de governança. Em uma publicação feita em seu blog, a Coinbase explica dois dos principais riscos envolvendo esse tipo de criptoativo, e ambos estão ligados à distribuição.
O primeiro é a questão da concentração do poder de voto: comumente, fundadores do projeto, membros da equipe inicial e fundos de investimento recebem grandes quantidades de tokens. Isso significa que usuários interessados em participar do processo de governança podem ter suas decisões ofuscadas na votação.
Além disso, os detentores de grandes quantidades do token podem despejar seus saldos no mercado, colapsando o preço. Alguns protocolos tentaram mitigar esse tipo de problema com o que foi apelidado de ‘lançamento justo’. Nesse modelo, fundadores de um projeto e membros dos primeiros times de desenvolvimento não recebem tokens.
Isso não impede, no entanto, que investidores com muito capital adquiram grandes quantidades do token de governança.
O segundo problema está ligado aos investidores que querem apenas especular, no longo prazo, com tokens de governança. Os ativos alocados para fundadores do projeto, investidores e membros iniciais não possuem liquidez imediata. Em vez disso, há uma liberação progressiva ao longo dos anos que permite a venda dos criptoativos.
Esse bloqueio, conhecido como vesting, gera uma escassez artificial no curto prazo, que infla o preço do token de governança. Com o passar do tempo, porém, a tendência é que o preço do token sofra um declínio permanente com o aumento da oferta.
Leia mais: