Governo do Butão deixa El Salvador no chinelo, minera mais de 220 Bitcoins em um mês e quer ser o maior minerador de BTC do mundo
Governo do Butão, em parceria com empresa de mineração listada na Nasdaq, minera mais de 220 Bitcoin por mês e quer ser o maior minerador de BTC do mundo.
El Salvador se orgulha de ser o primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin como moeda de curso legal e de seus planos para minerar BTC usando energia de vulcão, porém muito antes do alarde, das falas e dos olhos vermelhos de Nayib Bukele, um reino budista no extremo leste do Himalaia, já fazia fortuna com a mineração de Bitcoin, o Butão.
Recentemente, uma fazenda de mineração no Butão, país da Ásia meridional, revelou ter minerado mais de 220 Bitcoins em apenas um mês, depois de realizar testes para a viabilidade da implantação de uma nova fazenda de mineração de BTC na região.
A fazenda é administra pela Bitdeer (empresa de mineração listada na Nasdaq) e pela Druk Holding and Investments (DHI), braço de investimento do Governo Real do Butão e comandanda por Ujjwal Deep Dahal, que para surpresa de muitos no mercado de criptomoedas, revelou que a DHI minera BTC desde antes do ciclo de alta de 2019.
Sobre a nova fazenda, a Bitdeer revelou que a construção desta nova fazenda começou em maio deste ano e, pouco tempo depois iniciou a mineração com 11 mil ASICs instalados na planta e que foram responsáveis pelos 220 Bitcoins minerados que são equivalentes a cerca de 6,2 EH/s de poder de processamento.
Segundo um relatório da Bitdeer o objetivo é atingir um hashrate total de 20,6 EH/s e 215.000 equipamentos de mineração de Bitcoin.
Caso isso realmente aconteça a empresa será uma das maiores mineradoras do mercado e, possívelmente, um dos maiores pools de mineração de Bitcoin já que o ViaBTC um dos maiores e mais antigos pools de mineração de Bitcoin acumula pouco mais de 30 EH/s de poder de mineração em todo o mundo.
A empresa destacou ainda que sua operação no país está em pleno crescimento e que, de maio a junho os resultados de mineração cresceram 41%.
“Com a conclusão de nosso Gedu Data Center no Butão e os testes de inicialização em andamento, fizemos um progresso significativo na consolidação de nosso crescimento futuro. Atualmente, já temos cerca de 11.000 mineradores operando de forma estável, o que nos enche de orgulho e entusiasmo”, disse Linghui Kong, CEO da Bitdeer.
Governo do Butão é mega baleia de Bitcoin
Embora o país esteja fora dos holofontes do mercado de criptomoedas, o reino do Butão é um importante minerador de Bitcoin sendo provavelmente o primeiro governo do mundo a minerar BTC, atividade que vem realizando desde pelo menos 2019.
A Druk Holding and Investments (DHI), que possui parceria com a Bitdeer, até 2023 uma empresa desconhecida no cenário de criptomoedas ganhou manchetes em todo o mundo por ter emprestado milhões de dólares em ativos digitais para a BlockFi e Celsius, ambas empresas de criptomoedas falidas. No entanto, segundo a DHI todos os empréstimos feitos foram quitados.
As operações de mineração no Butão são realizadas com energia renovável devido ao imenso potencial hidrelétrico da região que representa 30% do seu produto interno bruto. Além disso a DHI revelou que a prioridade no fornecimento de energia no país é para o consumo doméstico, indústrias locais e setor privado e, de fato, a mineração é a última prioridade.
Assim, nos meses de inverno, quando a produção de energia hidrelétrica é baixa, a operação de mineração desliga suas máquinas ou até mesmo importa energia para não atrapalhar os consumidores domésticos e as indústrias.
Outro ponto revelado pela DHI é que o governo também investia na mineração de Ethereum quando o ETH ainda operara no mecanismo de consenso Proof-of-Work (PoW) e que os investimentos realizados pela DHI são voltados para diferentes setores, sendo a mineração de ativos digitais parte do que o governo considera como nova revolução digital.
“Nosso portfólio contém investimentos em uma variedade de classes de ativos que oferecem exposição a setores tradicionais e às indústrias que impulsionam a economia moderna. Isso inclui ações globais, renda fixa e investimentos de capital de risco em startups promissoras; imobiliário nacional e internacional; energia renovável, incluindo geração hidrelétrica; healthtech, biotecnologia, ciências da vida e agrotecnologia; e mineração e investimento em ativos digitais”, disse um comunicado da DHI.
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