Tem de proibir a Worldcoin. É uma mentira total, diz analista

Embora apresentada como uma solução inovadora, a iniciativa da Worldcoin (WLD) tem gerado controvérsias no cenário dos criptoativos.

Em julho, a Worldcoin (WLD), projeto de criptomoeda desenvolvido por Sam Altman, CEO da OpenAI, foi lançada oficialmente. Equipada com dispositivos físicos, os “Orbes”, que escaneiam a íris das pessoas, o protocolo propõe-se a ser um “passaporte” digital, o World ID, garantindo a identidade única de cada usuário na internet.

Embora apresentada como uma solução inovadora, a iniciativa tem gerado controvérsias no cenário dos criptoativos.

A proposta da Worldcoin é ambiciosa: tornar-se um padrão universal de identificação online. Os Orbes são parte fundamental deste projeto, sendo a ferramenta que permite escanear a íris de um usuário e gerar um passaporte online exclusivo.

A justificativa apresentada pela Worldcoin para a utilização de um hardware físico é resistir a possíveis falsificações e simulações feitas por inteligência artificial, conforme detalhado em seu white paper.

Entretanto, na opinião do especialita Carlos Santos, há uma série de preocupações em relação ao projeto. Entre as principais críticas, ele destaca a ameaça à estabilidade econômica e à cibersegurança. Segundo o especialista, moedas digitais como a Worldcoin podem ser inclusas nas políticas monetárias dos países, e sua volatilidade pode causar instabilidades econômicas.

Outra crítica refere-se à falta de regulamentação, potencializando riscos de atividades criminosas, como lavagem de dinheiro.

Worldcoin

As preocupações com a privacidade e segurança dos usuários também são pontos de atenção, segundo o especialista. Dada a natureza biométrica da identificação proposta, a privacidade torna-se um tema delicado.

“Além disso há relatos sobre os Orbs infectados por malwares que capturam senhas acendem alertas sobre a integridade do sistema”, disse.

A viabilidade e escalabilidade do projeto também são postas à prova. Há questionamentos sobre o foco da Worldcoin em países com alta taxa de pobreza, como Quênia, Indonésia, Sudão e Chile, para o “recrutamento” de seus usuários.

Por fim, o especialista aponta práticas questionáveis na aquisição de novos membros, incluindo “brindes misteriosos” e táticas de marketing potencialmente enganosas. Além disso, Glen Wely, economista de pesquisa da Microsoft, critica o caráter “orwelliano” da iniciativa, associando o Orbe a um “Olho que tudo vê”, questionando o futuro da Worldcoin neste contexto.

“Tem de proibie Worldcoin! É uma mentira total!”, argumenta o especialista.

Apesar das controvérsias, a Worldcoin defende-se alegando que as críticas são “exceções isoladas”. Contudo, o debate sobre os possíveis impactos e implicações dessa inovação continua aceso no universo das criptomoedas.

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