Memecoin descartável derrete após alta de 345% pegando carona em publicação de Vitalik Buterin

Episódio serviu de alerta aos investidores quanto à necessidade de diferenciação entre oportunidade e oportunismo.

Apesar de parecidas, as palavras “oportunidade” e “oportunismo”, ainda que possam ser confundidas por alguns investidores mais distraídos, são diferentes no mercado de criptomoedas, a exemplo do que acontece em quase totas as situações da vida cotidiana.

Mas, em função da facilidade de criação de um token nas diversas plataformas blockchain, em especial a rede Ethereum (ETH), líder dos contratos inteligentes, o imediatismo de algumas memecoins vinculadas a episódios ou publicações feitas por celebridades do ecossistema cripto, ou de fora dele, pode se camuflar como oportunidade de ganhos de curtíssimo prazo, embora, quase sempre, acabem se revelando armadilhas. 

Um exemplo foi uma publicação do escritor e programador russo-canadense Vitalik Buterin na última segunda-feira (5) no Twitter, canal em que o cofundador da Ethererum possui 4,7 milhões de seguidores. Na ocasião, ele propôs a adoção do termo “vazamento de alfafa”, planta rica em vitaminas A, C, E e D, para designar um investimento com potencial de lucro no longo prazo, apesar de o caminho parecer árduo no curto prazo. 

O “vazamento de alfafa” de Buterin acabou por despertar o oportunismo de uma “memecoin descartável”, no caso o ALFAFA, token que havia sido responsável por dezenas de transações e um volume total de cerca de US$ 28,5 mil, cerca de R$ 150 mil, em um período de aproximadamente 24 horas. 

Apesar dos “15 minutos de fama”, que chegou a elevar o preço do token em 345%, possivelmente muitos investidores devem amargar prejuízo por “comerem ALFAFA”. Isso porque, pelo gráfico, a memecoin deve voltar para onde nunca devia ter saído.

Gráfico diário do par ALFAFA/WETH. Fonte: Uniswap

Outro exemplo de memecoin descartável é o MONGOOSE, criado em dezembro do ano passado em provocação a uma fala do deputado estadunidense Brad Sherman. Na ocasião, o token chegou a registrar uma alta de cerca de 100.000% e movimentar mais de US$ 5 milhões, até começar a cair no “sono eterno.”

Gráfico histórico do par MONGOOSE/USD. Fonte: CoinMarketCap

Mas, além do oportunismo relacionado a memecoins que nascem com os dias, ou horas, contados, os investidores de criptomoedas também precisam estar atentos com os tokens que aparentemente fazem o caminho inverso, como o caso da alta de 129% de uma “criptomoeda morta”, a criptomoeda BOBA que entrou na mira das baleias da Ethereum, e o token que ressuscitou na plataforma da exchange Binance ao subir 4.337% antes de “voltar ao purgatório”, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

LEIA MAIS:

Você pode gostar...