Fintech brasileira PurpleCats lança app que une banco digital, exchange e carteira de criptomoedas
O Cobby oferece uma gama completa de serviços bancários integrado a serviços de carteira digital e exchange e tem o intuito de popularizar, facilitar e educar os usuários de criptomoedas para ampliar a adoção de ativos digitais no dia a dia.
A fintech Web3 brasileira PurpleCats disponibilizou na sexta-feira, 21, o download para dispositivos móveis do seu aplicativo de serviços financeiros dedicados a criptomoedas. O Cobby oferece aos usuários serviços de carteira digital, exchange de criptomoedas e serviços bancários, incluindo pagamentos e transferências via Pix.
Com o lançamento, a PurpleCats pretende impulsionar a adoção de ativos digitais no Brasil, facilitando o acesso e o uso de criptomoedas no dia a dia em situações corriqueiras. O aplicativo está disponível tanto para o Apple iOS quanto para Android.
Os usuários do Cobby poderão fazer pagamentos utilizando criptomoedas via Pix ou via cartão de crédito sem a necessidade de conversão das suas criptomoedas em reais. O sistema desenvolvido pela PurpleCats automatiza o processo a partir da cotação corrente da criptomoeda utilizada pelos clientes.
No primeiro momento, as compras poderão ser efetuadas através de um cartão pré-pago emitido pela Mastercard, utilizando a stablecoin atrelada ao Tether (USDT) ou o Cobby (CBY), que é o token nativo da PurpleCats. Outros criptoativos poderão ser utilizados como meio de pagamento futuramente, à medida que novos testes forem realizados.
Inicialmente, o limite do cartão de crédito será correspondente a 50% do saldo total de cada cliente. Futuramente, a empresa vai permitir que os próprios usuários ajustem o limite de acordo com suas necessidades até o limite de 100% do saldo depositado.
O lançamento do aplicativo é a primeira iniciativa da empresa que pretende se tornar um hub de produtos e serviços híbridos, conectando de forma suave e sem fricção os universos das finanças tradicionais e da Web3, como explica Pedro Henrique Lima, fundador e CEO da PurpleCats:
“Nascemos para fazer a diferença na vida das pessoas e para facilitar o uso da tecnologia no dia a dia. Da compra de um café até grandes aquisições. O usuário pode acompanhar e utilizar seu saldo de maneira simplificada – esteja ele em reais, stablecoins ou criptomoeda – sem a necessidade de conversão direta.”
De acordo com o roadmap da PurpleCats, os serviços de conta digital deverão ser liberados para os clientes a partir do início do ano que vem. “Será possível realizar o pagamento de contas, transferências, recarga de celular ou programar uma compra expressa de uma criptomoeda. Tudo de forma simples e intuitiva e em poucos cliques”, afirma Pedro. As tarifas cobradas vão variar de acordo com a atividade dos clientes.
Exchange terá modelo híbrido
Já através da exchange incorporada ao aplicativo, cuja liberação do uso também ocorrerá no futuro próximo, o usuário poderá comprar mais de 100 criptomoedas via PIX ou diretamente do saldo disponível em sua conta digital. A ideia é oferecer diferentes níveis de descentralização para que os usuários possam adotar as ferramentas criptonativas gradualmente, à medida que forem se tornando confortáveis e seguros para utilizá-las.
Pedro diz que optou por um modelo híbrido para a exchange do Cobby, aproveitando-se do melhor dos dois mundos:
“Para quem está começando, para quem ainda se sente inseguro para fazer investimentos em criptomoedas, o modelo centralizado é o mais adequado. Você simplesmente vai comprar o token e manter ele em sua carteira.”
À medida que o usuário ganha mais experiência, ele pode buscar experiências e instrumentos DeFi, também a partir do app, em busca de melhores rendimentos e oportunidades de lucro.
Embora os criptoativos venham se tornando cada vez mais populares no Brasil, ainda são vistos majoritariamente como um veículo de investimento financeiro. Com o Cobby, a PurpleCats quer ampliar os casos de uso para atrair novos usuários para o espaço:
“Mais do que um banco digital na Blockchain, o app é a ponte entre a economia tradicional e a criptoeconomia, o que alguns também têm chamado de Bankchain. Estamos trazendo algo novo e diferente para um público que está em uma fase de transição para o universo cripto.”
A carteira digital do Cobby permite que os usuários optem por utilizá-la em uma versão custodial, em que os criptoativos nela armazenados são mantidos sob controle da PurpleCats. No entanto, para aqueles com maior familiaridade com o universo cripto, existe a possibilidade de os clientes tornarem-se responsável por suas chaves privadas, explica o CEO da PurpleCats:
“A carteira funciona em um modelo híbrido. Quando você cria a sua carteira, ela inicialmente fica bloqueada, como em uma corretora centralizada. Mas existe a opção de fazer o desbloqueio para torná-la não custodial, como uma MetaMask, e aí a responsabilidade sobre a chave privada passa a ser totalmente do usuário. Enquanto ele mantiver o bloqueio, é possível recuperar a carteira através de um processo de validação da identidade.”
A carteira digital do Cobby é compatível com as redes Ethereum (ETH), Polygon (MATIC) e BNB Chain (BSC). Outras redes devem ser incorporadas ao ecossistema do Cobby, sendo a Solana (SOL) a primeira da lista – no momento já está em processo de homologação.
Cobby (CBY) – token de utilidade e governança
O ecossistema Web3 da PurpleCats tem no Cobby (CBY) o seu token nativo. Além de utilizá-lo como meio de pagamento, os detentores do CBY serão beneficiados por programas de recompensa e pelo desconto em taxas de transação realizadas através do aplicativo.
Além disso, os hodlers do CBY terão voz em decisões de governança sobre os projetos Web3 desenvolvidos pela PurpleCats.
Baseado na Polygon, o Cobby foi lançado em 1º de setembro ao custo de US$ 0,10 a unidade, através do site da PurpleCats. Agora, as compras já podem ser realizadas através do aplicativo, ao custo de US$ 0,25 por CBY.
Aqueles que compraram o token antecipadamente, por um valor promocional, são submetidos a um período de bloqueio, durante o qual o token não pode ser negociado. A medida foi tomada para evitar que os tokens fossem despejados no mercado assim que a venda foi liberada no aplicativo, conforme explica Pedro:
“Vale ressaltar que a fase de venda via site, ao preço de US$ 0,10, terá um período de vesting de 6 meses. Nesse caso, o detentor do token não poderá vender, já que os tokens serão vendidos por um valor inferior ao do lançamento do aplicativo.”
Através do aplicativo a aquisição pode ser feita tanto via PIX quanto através de criptomoedas, completou o CEO da PurpleCats.
Ampliação do ecossistema Web3
Depois do lançamento do Cobby, a PurpleCats planeja o lançamento de uma DAO (organização autônoma descentralizada) para gestão de projetos com foco nos segmentos de games e NFTs (tokens não fungíveis).
A ideia é que os NFTs da PurpleCats sejam lançados através de um marketplace próprio. Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, a primeira coleção de NFTs da PurpleCats chama-se “Dreams”. De cunho social, a coleção foi idealizada durante a Blockchain Rio, que ocorreu em setembro.
Os 10 mil NFTs da coleção serão vendidos 200 MATIC e 95% do valor arrecadado será doado para projetos sociais. Instituições interessadas em se tornarem beneficiárias das receitas geradas pela coleção podem se inscrever em um formulário disponível no site da PurpleCats.
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