Em dia de apagão do Bitcoin, criptomoeda ‘elétrica’ registra alta suspeita de 4.288.509% e deixa mercado em choque

Criptomoedas foram impactadas por notícias vindas dos EUA, relacionadas à alta da inflação e possível elevação na taxa de juros, apesar de algumas altas, incluindo algumas ‘anormalidades.’

Apesar de duas altcoins terem registrado alta de 1.360% em trinta dias em meio a anúncios da Binance e MEXC, enquanto três tokens DeFi subiam 52% no acumulado semanal, a manhã desta quarta-feira (14) podia ser definida como um retrato fiel da alta volatilidade do mercado de criptomoedas, que fez o preço do Bitcoin (BTC) despencar US$ 1 mil em três minutos no dia anterior com a divulgação da inflação nos Estados Unidos superando a expectativa e acendendo um alerta no mercado em relação a uma possível elevação na taxa de juros durante a reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA), na próxima semana. 

O BTC era negociado por US$ 20,3 mil e registrava queda diária de 10,2%, enquanto a dominância de mercado da criptomoeda era de 39,1%, percentual 1% menor do que o registrado no dia anterior. Retração que também era sentida na capitalização de mercado, cujo volume de US$ 995 bilhões era 7,6% menor do que o dia anterior, quando o Bitcoin seguia lateralizado e uma criptomoeda de dispositivos blockchain subia 69%.

A queda acontece às vésperas do The Merge (fusão) da rede Ethereum (ETH), que deixará o mecanismo de prova de trabalho (PoW) pelo de prova de participação (PoS). Apesar da expectativa, uma vez que The Merge pode fazer o ETH superar o BTC, na opinião de um especialista, o preço do Ether também operava em queda, de 7,9%, e a altcoin líder dos contratos inteligentes era trocada de mãos por US$ 1.600. Apesar da retração, The Merge pode ser a mudança mais significativa na história das criptomoedas, embora o Brasil tenha “ficado de fora.”

Em relação às demais altcoins, a queda era a regra e alta, a exceção, embora diversos tokens apresentassem ganhos, inclusive na casa de dois dígitos. Por exemplo, o CEL era transacionado por US$ 1,73 (+16,76%), o RVN estava precificado em torno de US$ 0,068 (+10%), o CKB era negociado por volta de US$ 0,0047 (+21%).

Um acontecimento descomunal foi o do desconhecido e suspeito Electrum Dark (ELD), que em português pode ser traduzido como “eletro escuro” e que  parece ter acendido, aparentemente sem explicação,  seus holofotes no começo da manhã. Isso porque o token era negociado a US$ 64,85. O que, por si só, poderia não dizer muita coisa, caso o preço não representasse uma alta de 4.288.509% em relação ao valor do ELD antes da “explosão”, aproximadamente US$ 0,0013.  Salto que levou o preço da altcoin para a estratosfera em apenas cinco minutos em um primeiro momento, e que apresentou uma segunda explosão poucas horas depois, de acordo com o que demonstrava o monitoramento. 

Embora o mapeamento também indicasse alta semelhante na capitalização de mercado do projeto que se fundamenta com clareza, cerca de US$ 252,8 milhões, e de volume de transações, aproximadamente US$ 155,3 milhões, não havia informações na página oficial do Electrum Dark para justificar a alta de preço, fora o breu que o projeto demonstrava em relação à sua página oficial e de Reddit, as quais se encontravam fora do ar.

Alta do ELD causou suspeita nos investidores. Fonte: CoinMarketCap

O  Electrum Dark “se autodenomina como uma criptomoeda funcional do mundo real, alimentando um mercado descentralizado totalmente funcional que permite aos usuários comprar/vender bens e serviços de forma fácil, segura e anônima.” 

Altas suspeitas à parte, a indústria de blockchain é amigável às pessoas, com diferentes habilidades e conhecimentos, e possuem protocolos que financiam pessoas interessadas em trabalhar com criptoativos, por meio dos grants, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil

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