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Analista indica o dia em que o bear market pode acabar e as criptomoedas vão começar a subir

por · 24 de agosto de 2022

Analista aponta que assim como ciclo de alta do Bitcoin foi encerrado o bear market também tem data para acabar e aponta quando isso deve ocorrer

O mercado de criptomoedas vem sofrendo quedas ao longo dos últimos meses. Com os ativos em queda, a confiança no mercado, de forma geral, também despenca, fazendo com que muitos investidores vendam as suas criptomoedas. Segundo levantamento realizado pelo Yubb, o Bitcoin despencou 66% desde a sua máxima histórica. O Ethereum, segunda principal moeda, teve uma queda de 62%.

Em sua máxima histórica, atingida no ano passado, o Bitcoin chegou a valer mais de US 69 mil. O Ethereum, por sua vez, atingiu sua máxima em US$ 4.868,00. Para Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, o investidor precisa ter cautela na hora de realizar o seu investimento.

“Ele deve estar atento ao mercado. Não temos sinais de recuperação relevantes do preço, ou de reversão das quedas. É fundamental fazer a proteção e gerenciamento de risco dos seus investimentos. Precisamos, no atual cenário, focar no longo prazo e entender que, em alguns dias você perde, mas ganha em outros”, pontua.

Já Celso Pereira, diretor de investimentos da Nomad, aponta que a queda nas criptomoedas levou ao estabelecimento do ‘bear market’, que é um momento em que os criptoativos registram baixas seguidas ao invés de ma tendência de alta.

Pereira aponta que o bear market está diretamente associado ao aumento dos juros globais e diminuição da liquidez disponível, principalmente nos EUA, e à crise de confiança dos mercados com relação a uma possível crise mundial nos próximos 12 meses.

“Como as criptomoedas são ativos especulativos, a piora do otimismo impacta a percepção de valor das criptomoedas pelo mercado”, destacou.

Além da conjuntura macroeconômica, o diretor da Nomad aponta a incerteza regulatória como outro fator que contribui para o bear market. Por outro lado ele desaca que apesar do momento de queda a construção de um ecossistema de empresas continua ativo.

“Um exemplo disso é o fundo da famosa empresa de venture capital, Andreessen Horowitz, de US$ 4,5 bilhões, focado em startups ligadas a blockchain e criptomoedas. Adicionalmente, a entrada de investidores institucionais (fundos de pensão, fundos soberanos, family offices etc.) nesse nicho mantém-se em curso. Por exemplo, a maior gestora do mundo, a Blackrock, fechou uma parceria com a Coinbase para oferecer criptomoedas aos investidores institucionais”, destacou.

Dia em que o bear market pode acabar

Pereira aponta também que os investidores devem manter a calma pois assim como o ciclo de alta foi freado pelo bear market, este, por sua vez, também deverá acabar em algum momento e, com isso, um novo ciclo de alta deve ser iniciado.

“O momento atual é incerto, e qualquer previsão será pouco precisa. Apesar disso, é razoável pensar que em até 12 meses o ciclo de alta de juros nas principais economias do mundo chegará a um fim, o que traria mais apetite para ativos como as criptomoedas’, afirmou.

Segundo ele, alguns fatores importantes que deverão trazer a recuperação são: investidores institucionais, mudanças macroeconômicas, regulação, e melhorias tecnológicas.  Ele também aponta que a entrada de invetidores institucionais no mercado vai contribuir para o fim do inverno das criptomoedas.

“Soluções institucionais permitirão acesso mais seguro às criptomoedas, supervisionado por investidores profissionais. Soluções incipientes nesse sentido já existem, como os ETFs negociados em bolsas nos EUA que conferem exposição às criptomoedas. Exemplos respectivamente são os ETFs BITO e BLOK que podem ser acessados por meio de uma conta de investimentos nos EUA, aponta.

Ainda segundo ele, a melhoria do cenário macroeconômico, após o desfecho de uma recessão ou um soft-landing (pouso suave) também contribuirá para o fim do inverno cripto. 

“Por último, é esperado que avanços tecnológicos confiram mais competitividade às criptomoedas, especialmente com relação ao menor consumo de energia no processamento das transações com esses ativos. Uma vez que as criptomoedas sejam mais sustentáveis, sua adoção em massa passa a ser mais viável mundialmente”, finaliza.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.

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