Mercado brasileiro vê fusão do Ethereum como positivo para a indústria
O The Merge, próxima grande atualização do Ethereum (ETH), deve reduzir o consumo de energia da rede em cerca de 99,95%.
A atualização vai marcar o fim do uso da prova de trabalho (PoW) na rede e a transição completa para a prova de participação (PoS) e está marcada para acontecer no dia 19 de setembro.
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Os desenvolvedores da blockchain também prometem entregar mais estabilidade com sustentabilidade na mudança mais significativa na história do Ethereum. Ainda assim a fusão não reduzirá as taxas de gás e a velocidade das transações permanecerá a mesma na camada 1. A expectativa é que ela reduza a oferta total da moeda, que deve se tornar deflacionária.
O cofundador da rede, Vitalik Buterin, defendeu a transição durante o ETH.Paris. No encontro, ele recomendou o Ethereum Classic (ETC) para os defensores do PoW, que é criticado por seu alto consumo. Já os defensores do modelo argumentam que o maior consumo de energia é o preço a se pagar para garantir total descentralização e segurança para os usuários.
The Merge do Ethereum é visto como positivo para a indústria
Polêmicas à parte, especialistas analisaram a mudança de maneira positiva.
Para o CEO e fundador da Passfolio, David Gobaud,
“A elevação [do Ethereum] foi consequência do anúncio da data provisória (19 de setembro) para o Ethereum Merge,. A fusão e o lançamento do Ethereum 2.0 também serão iniciadas quando as pessoas puderem retirar os mais de 13 milhões de ETH que já foram apostados no sistema. A fusão é vista como um grande passo à frente para a indústria e o mercado está definitivamente tomando conhecimento”.
Já Bebei Liu, que comanda a exchange NovaDax diz que:
“O cenário atual é bastante favorável e a expectativa é de uma valorização ainda maior da moeda caso a Fusão com a Goerli seja bem-sucedida, no início do 3º trimestre. O Ethereum está atualmente valorizado e os principais motivos para isso se devem a mais um teste bem-sucedido do The Merge, que é a tão esperada atualização da rede Ethereum, e outro teste que ocorreu em um ‘shadow fork’”.
Com a fusão bem-sucedida da rede Goerli com o protocolo PoS, a Ethereum passará a existir como uma “rede de teste pós-fusão” e será a rede de teste recomendada e suportada para ETH a partir de então”, concluí Liu.
O General Manager da Ripio, Henrique Teixeira, por sua vez, acredita que “existe uma expectativa muito grande da comunidade cripto com relação a essa nova atualização The Merge. Se o cronograma for efetivo, a rede Ethereum será muito mais escalável, processando até 100 mil transações por segundo”.
Já há quem diga que essas mudanças podem tornar Ethereum maior que o Bitcoin, mas avaliamos que ainda é muito cedo para afirmar algo tão drástico. O fato é que o ETH 2.0 pode colocar a rede e sua criptomoeda em um novo patamar, mas grandes transformações trazem grandes riscos e se algo sair do plano, o mercado tende a ser bem crítico”,
Para CEO do dApp NFTFY, Leonardo Carvalho:
“O The Merge será um grande catalizador de valor para a Ethereum. Ela é um importante passo para tornar o sistema muito mais robusto e poderoso, sendo capaz de atingir 10.000 transações por segundo ao fim de todo desenvolvimento.
Para nós, que desenvolvemos aplicações descentralizada (DApps) vai ser interessantíssimo, uma vez que a atualização trará escalabilidade para a rede. Com isso, os ecossistemas de DeFi e de NFTs terão uma melhora significativa processando muito mais operações, permitindo a mais usuários e maior escalabilidade para o longo prazo”.
A atualização da rede Ethereum ainda está longe de acabar, como lembrou Buterin na capital francesa. A próximas fases são The Surge ou “O Surto” em tradução livre, The Verge e finalmente o The Purge, ou “O Expurgo”.
O co-fundador do Ethereum disse também que
“Após a fusão, poderemos construir um cliente Ethereum que nem sabe que a fase de prova de trabalho aconteceu”.
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