Versão 2.0: Entenda como será o lançamento da nova rede do Terra e o airdrop do novo LUNA
Lançamento da nova rede do Terra foi adiado para as 3h deste sábado, 28.
Inicialmente programada para acontecer nesta sexta-feira, 27, o lançamento da nova rede do Terra, incluindo o airdrop do novo LUNA à comunidade, foi adiada para a madrugada de sábado, 28, informou o Terraform Labs, entidade responsável pela gestão do projeto, em uma postagem no Twiiter.
1/ Yesterday, we said Terra 2.0 is coming. Tomorrow, it arrives.
The community has been working around the clock to coordinate the new chain’s launch. Subject to potential change, we expect Terra to go live on May 28th, 2022 at around 06:00 AM UTC.
— Terra 🌍 Powered by LUNA 🌕 (@terra_money) May 27, 2022
1/ Ontem, anunciamos que o Terra 2.0 está chegando. Amanhã, ele chegará.
A comunidade tem trabalhado dia e noite para coordenar o lançamento da nova rede. Sujeito a possíveis alterações, esperamos que o Terra seja lançado em 28 de maio de 2022 por volta das 06:00 UTC [3h em Brasília].
— Terra Desenvolvido por LUNA (@terra_money)
Na continuação do thread, o Terraform Labs apresenta mais detalhes sobre o lançamento e o airdrop do novo LUNA.
O bloco 1 da nova rede será produzido seguindo por validadores interconectados operando simultaneamente, sob a coordenação do Terraform Labs.
Uma vez que a rede entrar no ar, os aplicativos nativos da rede original, como o Terra Station, através do qual os usuários podem acessar o Terra, terão suas funcionalidades liberadas automaticamente.
A migração dos projetos implantados na versão da antiga da blockchain — agora chamada de Terra Classic — terá que ser feita de forma manual pelos desenvolvedores. Ou seja, não é garantido que todos os DApps (aplicativos descentralizados) disponíveis aos usuários no Terra original entrem em operação na nova rede.
O Terraform Labs se limita a dizer que “muitos dos dApps que você conhece e adora do Terra Classic se comprometeram a migrar para o Terra”, acrescentando que cada protocolo deverá se manifestar sobre os seus planos de implantação na nova rede.
Em 20 de maio, o perfil pseudônimo The DeFi Edge (@thedefiedge) compartilhou uma planilha no Twitter apresentando a disposição dos principais protocolos da antiga rede no que diz respeito à migração ou não para o novo Terra, baseada em informações compartilhadas pelos perfis oficiais dos respectivos projetos.
Here’s the latest on which Terra builders are supporting the new Terra 2.0.
• A majority of projects are supportive
• Delphi Projects (Astroport, Mars) don’t seem to be supporting the new Terra.
The ones migrating to other ecosystems are eyeing Cosmos. pic.twitter.com/aS38zdd0VQ
— The DeFi Edge 🗡️ (@thedefiedge) May 20, 2022
Aqui estão as últimas informações sobre os desenvolvedores do Terra que estão ou não apoiando o novo Terra 2.0.
• A maioria dos projetos manifestou apoio
• Projetos da Delphi (Astroport, Mars) não parecem estar apoiando o novo Terra.
Os que pretendem migrar para outros ecossistemas estão de olho na Cosmos.
— The DeFi Edge (@thedefiedge)
Entre as principais deserções, há o protocolo de empréstimos Mars Protocol (MARS), que optou por encerrar suas posições e devolver os depósitos aos usuários, e o Kujira (KUJI), um protocolo de múltiplas funcionalidades DeFi, que decidiu por criar a sua própria blockchain baseada na Cosmos (ATOM).
Além da Cosmos, outras redes apresentaram propostas para abrigar protocolos que não queiram migrar para o novo Terra, como Polygon (MATIC), Fantom (FTM), Near Protocol (NEAR) e a BNB Chain (BSC).
Airdrop do novo LUNA
A Terraform Labs confirmou que o airdrop da nova versão do LUNA será executado assim que a nova rede entrar no ar. Os investidores que possuíam LUNA e UST antes do colapso de ambas as moedas ou ainda as possuem serão contemplados com a distribuição da nova moeda proporcional ao seu patrimônio, conforme os critérios estabelecidos pelo Terraform Labs.
Os instantâneos que vão determinar os usuários que são elegíveis ao airdrop foram tirados em 7 de maio (pré-ataque), para quem detinha LUNA e UST antes do colapso do ecossistema, e no dia 27 de maio para aqueles que mantiveram seus tokens até então (pós-ataque).
O plano aprovado prevê a distribuição dos tokens da seguinte maneira:
Pool da comunidade: 30% – Controlado pela governança
Detentores de LUNA pré-ataque: 35% – incluindo bLuna, menos a participação do Terraform Labs no instantâneo pré-ataque; derivativos de staking incluídos
Detentores de aUST pré-ataque: 10%
Detentores de LUNA pós-ataque: 10% – Derivativos de staking incluídos
Detentores de UST pós-ataque: 15%
Aqueles investidores que mantiveram seus tokens LUNA e UST em exchanges também tomarão parte no airdrop, caso a exchange tenha apoiado por apoiar o lançamento da nova versão do LUNA. As principais exchanges do mercado confirmaram que darão suporte ao novo LUNA, incluindo Binance, FTX, Crypto.com, ByBit, Kraken, Huobi, Kucoin, Gate.io, OKX, entre outras.
Exchanges brasileiras
No Brasil, a Nox Bitcoin e a BitPreço declararam suporte ao novo LUNA. O CEO da BitPreço, Ney Pimenta, justificou o apoio em benefício dos investidores prejudicados pelo colapso do UST e do LUNA:
“Muitos usuários estão contando com o airdrop para reduzirem seus prejuízos, portanto acreditamos ser importante o suporte da BitPreço nesse sentido.”
A Nox Bitcoin, que havia anunciado um plano de ressarcimento integral dos prejuízos sofridos por seus clientes, também confirmou que vai oferecer suporte ao novo token, distribuindo-o aos usuários elegíveis ao airdrop e listando-o para negociação.
Por outro lado, a maior exchange de criptomoedas do Brasil, a Mercado Bitcoin, declarou que não vai aderir ao novo LUNA. A exchange tinha listado o LUNA em sua versão “envelopada”, ou wLUNA, cujas negociações foram encerradas na quarta-feira, 25, conforme divulgado em uma publicação no Twitter.
Os clientes da exchange que mantiveram suas posições em wLUNA “terão seu saldo automaticamente convertido em BRL. A conversão será processada ao longo de quinta (26) e ocorrerá de acordo com as condições de mercado do momento”, informa a postagem.
Em resposta a um usuário que questionou a exchange sobre o suporte ao airdrop para detentores do wLUNA em 7 de maio, a Mercado Bitcoin informou que o token não se enquadra nas condições de elegibilidade determinadas pelo Terraform Labs.
Através de sua assessoria de imprensa, o grupo Ripio, que também responde pelas operações da Bitcoin Trade, declarou à reportagem do Cointelegraph Brasil que pretende oferecer suporte à nova rede, mas não imediatamente:
“O Grupo Ripio quer seguir impulsionando o sistema cripto e trabalhará para dar suporte para o LUNA. Entretanto ainda não temos datas previstas”.
A NovaDAX informou “que apoia o plano de migração e renomeação de Terra (LUNA) e TerraUSD (UST) para Terra Classic (LUNC) e USTClassic (USTC)”. Desde a madrugada desta sexta-feira, 27, “os saques e depósitos de LUNA e UST foram suspensos, as negociações dos pares de LUNA/BRL e UST/BRL também estão suspensas e todas as ordens pendentes foram canceladas”.
“Após a migração, os tokens LUNA passarão a se chamar LUNC e os tokens UST passarão a se chamar USTC. As negociações de LUNC e USTC estarão disponíveis apenas quando o Swap for finalizado.
No entanto, o comunicado enviado à reportagem do Cointelegraph Brasil não faz menção sobre suporte ao airdrop ou à listagem do novo LUNA. A NovaDax havia suspendido as negociações de UST e do LUNA na quinta-feira, 12, “para proteger os clientes da alta volatilidade e dos riscos de mercado”.
A Bitso não tinha o LUNA listado para negociação no Brasil. Outras exchanges baseadas no Brasil não se manifestaram oficialmente a respeito do airdrop ou da listagem do novo LUNA. No entanto, elas não constam na lista oficial de suporte ao lançamento divulgada pelo Terraform Labs.
O Cointelegraph Brasil publicou uma análise em 20 de maio explicando o colapso do ecossistema do Terra e seus efeitos sobre o restante do mercado de criptomoedas.
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