Departamento do Tesouro dos EUA lista empresa de mineração de criptomoedas nas últimas sanções contra a Rússia
“Os Estados Unidos estão comprometidos em garantir que nenhum ativo, por mais complexo que seja, se torne um mecanismo para o regime de Putin compensar o impacto das sanções”, disse o Tesouro.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos adicionou a BitRiver, provedora de serviços de mineração de criptomoedas com sede na Rússia, e várias subsidiárias como empresas que facilitam a evasão de sanções.
Em um anúncio na quarta-feira (21/04), o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro, ou OFAC, disse que estava tomando medidas contra a BitRiver AG, bem como contra 10 de suas subsidiárias com sede na Rússia, nomeando as empresas como “Nacionais Especialmente Designadas”. Empresas e indivíduos listados como tal pelo OFAC têm seus ativos bloqueados e “pessoas dos EUA são geralmente proibidas de lidar com eles”.
De acordo com o Tesouro dos EUA, as ações contra a BitRiver e suas subsidiárias foram baseadas nelas supostamente facilitando “evasão de sanções para entidades russas”, sugerindo que a criptomoeda pode ter desempenhado um papel em ajudar o governo da Rússia a contornar as medidas econômicas dos EUA niveladas em resposta à invasão da Ucrânia . O departamento do governo disse que a BitRiver operava fazendas de servidores vendendo capacidade de mineração de criptomoedas internacionalmente, o que ajudou a Rússia a “monetizar seus recursos naturais”.
“A Rússia tem uma vantagem comparativa na mineração de criptomoedas devido aos recursos energéticos e ao clima frio”, disse o Tesouro. “No entanto, as mineradoras dependem de equipamentos de informática importados e pagamentos fiduciários, o que as torna vulneráveis a sanções. Os Estados Unidos estão comprometidos em garantir que nenhum ativo, por mais complexo que seja, se torne um mecanismo para o regime de Putin compensar o impacto das sanções.”
Hoje, os EUA têm como alvo as redes de apoio financeiro e operacional russas que tentam evitar sanções internacionais. https://t.co/a59UJKRaQJ
— Departamento do Tesouro (@USTreasury) 20 de abril de 2022
As últimas sanções seguiram o OFAC alertando os residentes dos EUA para não usarem ativos digitais para beneficiar certas entidades e indivíduos sediados na Rússia. Em abril, o departamento governamental anunciou que tinha como alvo o mercado darknet da Rússia Hydra e a exchange de moedas digitais Garantex por supostas conexões com pagamentos de ataques de ransomware e outros crimes cibernéticos.
“O Tesouro pode e terá como alvo aqueles que evadem, tentam evadir ou ajudam na evasão das sanções dos EUA contra a Rússia, pois estão ajudando a apoiar a brutal guerra de escolha de Putin”, disse Brian Nelson, subsecretário do escritório de terrorismo e inteligência financeira. .
Antes da invasão da Ucrânia, o banco central da Rússia propôs proibir a mineração de criptomoedas, mas o presidente russo, Vladimir Putin, disse na época que a indústria tinha uma vantagem no país devido ao “excedente de eletricidade e pessoal bem treinado”. Alexey Yakovlev, diretor do departamento de política financeira do Ministério das Finanças da Rússia, desde então sugeriu que o governo apoie a mineração de criptomoedas em nível industrial no país e “provavelmente não faz sentido proibir a mineração doméstica”.
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