Forbes inicia série sobre “Viagens com criptomoedas”; Conheça os aventureiros
As criptomoedas estão sendo, gradativamente, o melhor meio de pagamento para quem viaja muito, principalmente os nômades, as pessoas que viajam tanto que não têm uma morada definida.
Alugar um parapente na Turquia e pagar com bitcoin, ou pagar um café com Litecoin em Praga, para eles isso é tão comum quanto pagar uma estadia em Nova York com um cartão de crédito. No entanto, não é tão simples assim, falta a aceitação, mas é só o começo.
A Forbes iniciou uma série chamada “Viagens através das criptomoedas”. Nesta primeira reportagem ela contou a história de três cripto-viajantes em publicação nesta segunda feira (31).
Uma israelense cripto-libertária
“A chegada das criptomoedas proporcionou melhor acessibilidade ao sistema financeiro para nós, viajantes”, disse Gili Gershonok, uma ‘nômade digital’ israelense de 34 anos que chama o mundo de sua casa.
No Medium, Gershonok se apresenta como “Nômade digital que priorizou a otimização das habilidades, aumentando, assim, sua fortuna”. No Twitter ela diz ser ‘sem-teto e sem-conta bancária.
Gershonok, que é Desenvolvedora Estrategista formada pela Universidade de Israel, começou a juntar criptomoeda em 2016. Ela acredita que pessoas que viajam muito pelo mundo estão mais acostumadas a criar novas contas bancárias e agora podem estar mais sintonizadas com as vantagens do ‘dinheiro sem fronteiras’.
Americano chegou ao Everest ‘via ethereum’
Blake Sandall troca criptomoedas diariamente enquanto viaja pelo mundo. Ele optou por comprar cartões SIM locais para se manter atualizado via SMS — e para não ficar dependente somente da internet.
De acordo com Sandell, um dos negócios mais empolgantes que ele fez foi vender 1 Ethereum (ETH) no início de 2018. Ele havia tido US$ 960 de lucro. Esse dinheiro o ajudou a financiar sua ida até o Everest, no Nepal.
Luxemburguês, por precaução, garantiu primeiro o passe de trem
O luxemburguês e entusiasta das criptomoedas de 27 anos, Felix Weis, viajou por 18 meses apenas usando Bitcoin. Isto aconteceu em 2015 e ele passou por 27 países. Segundo o viajante, a jornada contou com aspectos diferentes em relação à velocidade na conectividade — a velocidade do Japão e a modesta cubana.
Antes de iniciar sua jornada, Weis converteu todas as suas economias em bitcoin, fez sua mochila e definiu três regras que ele deveria obedecer: não usar conta bancária ou cartão de crédito; não trocar uma fiat com outra; pagar sempre com bitcoin, mas em último caso, usaria dinheiro ou cartão que ele reservou para emergências.
Sua primeira compra, lembrou ele, foi um Interrail Global Pass (passe ferroviário que permite viagens ilimitadas por um período de tempo).
“A parte mais difícil era encontrar comércios que aceitavam bitcoin a partir do momento em que eu já havia me instalado em algum local”, disse Weis.
O viajante disse que naquela época o Bitcoin ainda não estava tão conhecido como esteve a partir de 2017. Era difícil convencer a pessoas a aceitar a criptomoeda, mas ele teve sorte em algumas tentativas.
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