Novo fenômeno dos games em blockchain, Splinterlands torna-se jogo favorito dos gamers

O jogo de cartas colecionáveis em NFT, tornou-se o jogo em blockchain mais popular de um dos setores mais quentes da indústria cripto atualmente.

No começo desta semana, o jogo de cartas colecionáveis em NFT Splinterlands ultrapassou “Alien Worlds” e tornou-se o jogo em blockchain mais popular da indústria cripto, assumindo a liderança do ranking de usuários diários ativos, de acordo com dados do Dapp Radar.

No momento em que este artigo está sendo escrito, Splinterlands registra 282.900 usuários diários, enquanto o antigo líder soma 238.460. Considerando-se exclusivamente os números, a ascensão de Splinterlands ao topo do ranking dos jogos de blockchain foi bastante acelada. Sua base diária de usuários era de apenas 90 mil jogadores no final de agosto – menos de um terço de sua base atual – e menos de 10 mil em julho.

Splinterlands é um jogo de cartas colecionáveis baseado na blockchain da Hive que permite aos usuários jogar e negociar cartas baseadas em NFTs (tokens não fungíveis) no modelo “jogar-para-ganhar” (play-to-earn). Ou seja, à medida que jogam, os gamers podem conquistar e acumular a moeda nativa do jogo, conhecida como “Dark Energy Crystals” (DEC).

Splinterlands. Fonte: techbullion.com

Hoje, o DEC está cotado a US$ 0,005659 e registra uma valorização de 1.918% desde o seu lançamento em agosto de 2020, e ocupa a 2.998ª posição no ranking de capitalização total de mercado, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Splinterlands também tem um token de governança, o Splintershards (SPS), que permite aos seus detentores ter participação direta em decisões estratégicas acerca do desenvolvimento do jogo ao longo do tempo. Hoje, o SPS está cotado a US$ 0,25, e tem uma capitalização total de mercado de US$ 31,8 milhões, também de acordo com o CoinMarketCap.

Jogando Splinterlands

Splinterlands tem uma dinâmica multijogadores com uma proposta que combina os jogos de cartas no estilo “Pokémon” com personagens do “World of Warcraft”. Sua narrativa é baseada em um mundo místico em que os jogadores se envolvem em batalhas, cumprem determinadas tarefas, participam de torneios e conquistam territórios.

Para começar a jogar Splinterlands, basta registrar-se gratuitamente em sua plataforma. Uma vez registrados, os novos jogadores ganham algumas cartas “nível 1” que ficarão vinculadas à conta e não poderão ser trocadas ou vendidas.

Depois é preciso montar um time a partir dos colecionáveis, sendo que o primeiro passo é escolher um “invocador”. Ele determina o nível e o tipo das cartas disponíveis para a formação dos times. Em seguida, deve-se posicionar as cartas de acordo com seus status e atributos. Atualmente, o jogo oferece 283 cartas que podem ser combinadas para aumentar as habilidades de seus personagens e se tornarem os times mais fortes.

Cartas de Splinterlands. Fonte: splintelands.com

O posicionamento, o status e os atributos das cartas são decisivos para os resultados. Portanto, é recomendável testar diferentes estratégias para descobrir a melhor forma de prosperar dentro do universo do jogo. As batalhas em si, se desenrolam rapidamente.

As podem ser adquiridas no marketplace oficial do jogo ou no mercado secundário. Com um investimento de aproximadamente R$ 60,00 já é possível adquirir um livro de feitiços para ter acesso às tarefas diárias e a mais competições, possibilitando que recompensas melhores sejam obtidas na forma de Dark Energy Cristals, o token nativo do jogo.

Os NFTs de Splinterlands

Até aí, Splinterlands é igual a tantos outros jogos disponíveis no mercado. Então, vamos tentar encontrar explicações para o seu sucesso repentino?

O crescimento de Splinterlands é um refexo do boom do mercado de NFTs no mesmo período – especialmente em agosto, quando os volumes de negociação de tokens não fungíveis se mantiveram acima da média de US$ 500 milhões por dia. Splinterlands aumentou sua base de usuários em 9 vezes de julho para agosto.

Mesmo diante da queda nos volumes de negociação de NFTs em setembro, de do mercado cripto de uma forma geral, a base de usuários do jogo continuou a aumentar consistentemente.

Os desenvolvedores de Splinterlands souberam explorar os recursos técnicos e financeiros dos NFTs para agregar um valor adicional ao ecossistema, além de simplesmente permitir que os jogadores recebessem recompensas em função de seus desempenhos no universo do jogo.

Uma atualização do livro de feitiços de Splinterlands concedeu aos jogadores o direito perpétuo sobre suas cartas. Isso ampliou a possibilidade de ganhar recompensas no jogo, além de permitir a obtenção de lucros maiores negociando-as no mercado secundário. Metade dos usuários adquiriram a atualização numa demonstração de fidelidade ao jogo, além é claro, do interesse específico nas funcionalidades oferecidas aos seus detentores.

Em um depoimento ao site Crypto Potato, o Dr. Jesse “Aggroed” Reich, cofundador e CEO de Splinterlands, mostrou-se satisfeito com o desenvolvimento do projeto e a consolidação de uma comunidade em torno do jogo: 

“Tem sido uma jornada excepcional construir uma comunidade com 800 mil contas registradas e 400 mil proprietários de livros de feitiços. Comemos, dormimos e respiramos Splinterlands sem parar e constantemente pensamos em como ajudar ainda mais nossa comunidade. Eu não poderia estar mais orgulhoso ou feliz por nosso ecossistema estar pegando fogo e os irmãos estarem se engajando com força.”

O crescimento de Splinterlands coincide com o momento em que o mercado de games vem se mostrando fundamental para a expansão da indústria cripto, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente.

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