Criadora da USDC, Circle quer se tornar um banco de criptomoedas nos EUA
Logo após anunciar que irá realizar uma oferta pública de ações (IPO), a Circle, responsável pela emissão da stablecoin USDC, afirmou na segunda-feira, 9, que tem a intenção de se tornar um “banco comercial de reserva completa”. Se aprovado, o proposto banco de moedas digitais iria operar sob supervisão de diversos órgãos reguladores dos EUA.
Seria o primeiro caso na indústria com um escopo muito além do que promove a OCC – o principal órgão regulador dos bancos nos EUA – à outras empresas de serviços financeiros com criptomoedas, como a Anchorage e a Paxos.
“Estamos embarcando nessa jornada juntamente com esforços dos maiores reguladores americanos, que através do Grupo de Trabalho do Presidente sobre Mercados Financeiros buscam gerir melhor os riscos e oportunidades instituídos por um grande setor privado de moedas digitais lastreadas pelo dólar”, anunciou a Circle.
Um porta-voz da empresa não foi capaz de responder se alguma solicitação foi realizada com as autoridades federais que foram listadas no comunicado. A OCC também não recebeu uma solicitação de alvará por parte da Circle, segundo porta-voz da agência.
No momento, existem 27,5 bilhões de unidades da USDC em circulação. A stablecoin lastreada pelo dólar e administrada pela Circle é a segunda maior do mercado, depois da USDT.
A Circle anunciou no último mês uma parceria com uma companhia de propósito específico de aquisição (SPAC) para realizar o seu IPO no final deste ano. O acordo valorizou a Circle em 4,5 bilhões de dólares.
A empresa deu sinais de suas aspirações em um documento enviado à SEC na última sexta-feira:
“Como parte de nossa estratégia para reduzir nossa dependência em terceiros, nós podemos buscar no futuro nos tornarmos um banco nacional ou adquirir um. Isso nos permitiria acessar o sistema da Federal Reserve diretamente, reduzindo os custos e tempo gasto para liquidar transações”.