O BIS é uma instituição financeira global de propriedade de alguns dos maiores bancos centrais do mundo.

Seu interesse tem sido dissipar a percepção de que a adoção das criptomoedas está ligada à desconfiança nas finanças tradicionais.

Na última quinta-feira (02), o BIS publicou um artigo sobre os motivadores socioeconômicos dos investimentos em criptomoedas.

Porém, o foco do estudo está nos usuários dessa tecnologia nos Estados Unidos

Usuários não desconfiam da moeda fiduciária

Como resultado de seu estudo, o BIS argumentou sobre a motivação dos usuário de criptos.

A conclusão é que a desconfiança em moedas fiduciárias não é a motivação do investidor para adotar criptomoedas como o Bitcoin (BTC).

O estudo afirma que:

“A demanda por criptomoedas não é impulsionada pela desconfiança com dinheiro ou no setor financeiro, uma vez que não há diferenças na percepção de segurança de dinheiro e serviços bancários offline e online. Podemos, portanto, refutar preliminarmente a hipótese de que as criptomoedas são buscadas como uma alternativa às moedas fiduciárias ou às finanças regulamentadas.”

Ativo de especulação digital de nicho

A instituição enfatizou que as criptomoedas são em geral um “ativo de especulação digital de nicho”.

Portanto, os objetivos dos investidores seriam “iguais aos de outras classes de ativos, assim deve ser o regulação”.

O artigo do BIS também descreve as principais correlações entre as opções de investimento em criptomoedas e o nível de educação e renda.

Assim, a conclusão sugere que os proprietários de criptomoedas tem “mais educação do que a média”.

Os investidores de ETH e XRP mostraram o nível de educação mais alto na análise do BIS.

Todavia, aqueles que possuem BTC e LTC  foram apontados como aqueles com menos educação.

Bitcoin não é ameaça

Na visão do relatório o Bitcoin não representa uma ameaça.

O motivo é que a demanda pela criptomoeda não seria impulsionada pela desconfiança no dinheiro estatal.

Várias autoridades e instituições globais já expressaram preocupações sobre a capacidade do Bitcoin de capitalizar a desconfiança global das finanças tradicionais.

Ruchir Sharma, do Morgan Stanley Investment, por exemplo, argumentou que o reinado do dólar americano provavelmente terminará. O motivo?

A desconfiança global nas finanças tradicionais, enquanto o Bitcoin capitalizaria essa falta de confiança.