FTX lança contrato para apostar na eleição de Bolsonaro em 2022
A exchange de criptomoedas FTX lançou na madrugada deste sábado (15) um contrato que permite apostar no resultado das eleições presidenciais do Brasil em 2022, mais especificamente na reeleição ou não de Jair Bolsonaro (sem partido).
O anúncio do novo mercado de futuros foi feito pelo fundador da FTX, Sam Bankman-Fried.
“Jair Boslonaro vai vencer a eleição presidencial brasileira em 2022?”, perguntou aos seus mais de 177 mil seguidores no Twitter. Vários responderam que não.
Esse é apenas o segundo contrato futuro da categoria de previsões lançado pela FTX. O primeiro foi o TRUMP2024, que, como o nome indica, permite apostar se Donald Trump irá ou não vencer as próximas eleições presidenciais dos EUA.
Sam Bankman-Fried, vale lembrar, foi um apoiador público e ativo na campanha do atual presidente Joe Biden no ano passado.
Como funciona a aposta em Bolsonaro
O BOLSONARO2022 é um contrato futuro que expira ao fim das eleições presidenciais do ano que vem e será liquidado em apenas dois valores possíveis: US$ 1 se Bolsonaro vencer, ou US$ 0 se ele perder.
Quem comprar uma participação por menos de US$ 1 e apostar que o presidente pode ser reeleito, pode liquidar o contrato após uma eventual vitória e lucrar com a diferença.
É possível também fazer o inverso: como é um contrato futuro, é possível também operar vendido em um preço maior que zero, e recomprar a zero se Bolsonaro não for eleito para também lucrar com o resultado desfavorável ao político hoje alvo de uma CPI no Senado Federal.
No fechamento da matéria, o contrato BOLSONARO2022 era negociado na FTX por US$ 0,447 após ter chegado à máxima de US$ 0,54 nas primeiras horas de trade.
FTX no Brasil
O negócio de derivativos é uma especialidade da FTX, uma exchange global que não atua diretamente no Brasil, apesar de ter site e redes sociais com versões em português.
Por esse motivo, a exchange não oferece negociações com reais, e muito menos tem permissão para oferecer derivativos, que requerem licença específica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Dessa forma, apesar de lançar um produto sobre as eleições brasileiras, traders residentes no Brasil oficialmente não podem negociar o contrato.
Já a Solana, blockchain independente criada pela Alameda Research, também fundada por Bankman-Fried, tem presença no Brasil.
A comunidade em torno do projeto, em parceria com a Transfero Swiss, realizam de hoje (15) até o dia 7 de junho o hackathon Solana Season, com US$ 1 milhão em prêmios para desenvolvedores – até a noite de sexta-feira (14), ainda havia vagas para participar.
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