Melhor da Semana: Banco Central e a nota R$ 200, rali do BTC e do ETH e imposto que prejudica exchanges
Em semana animada para os investidores do BTC e do ETH, governo brasileiro ameaça taxar transações digitais e prejudicar empresas e clientes.
A semana foi otimista para os investidores do Bitcoin e do Ether, as duas principais criptomoedas do mercado. O volume de contratos de opções das duas moedas também chegaram a um nível recorde nesta semana.
Depois de recuperar os US$ 10.000, o Bitcoin estendeu o rali e bateu nos US$ 11.400 nesta sexta, registrando seu valor mais alto em um ano.
Quando bateu nos US$ 10.200, a maior criptomoeda viu uma liquidação instantânea de US$ 75 milhões. Os observadores estão otimistas quanto a um longo rali da maior criptomoeda.
Para o Ether, a semana foi ainda mais otimista. A maior altcoin começou a semana em US$ 280 e já atingiu os US$ 345, levando os traders a se perguntarem o que acontecerá se os preços superarem a resistência de US$ 360.
A rede Ethereum também foi destaque, já que a blockchain é a casa de algumas das moedas que mais valorizaram no ano, desde DeFi a outros protocolos de destaque.
Banco Central terá de esclarecer planos de moeda digital
Na matéria mais lida da semana, a Câmara dos Deputados brasileira aprovou uma convocação para que representantes do Banco Central – que vai lançar uma cédula de R$ 200 – esclareçam os planos do BC de criar uma moeda digital substituta do Real.
Também no setor financeiro, um banco brasileiro multiplicou sua emissão de empréstimos em 4.000 vezes através do open banking, que deve ser lançado pelo BC no segundo semestre.
O mercado de pagamentos também será impactado pelo PIX, que entra no ar em outubro. De olho na revolução, a gigante de pagamentos digitais PayPal anunciou integração com o Mercado Livre para pagamentos e remessas no Brasil e no México.
O Ministro da Economia Paulo Guedes voltou a desagradar o setor de inovação brasileiro. Além do governo Bolsonaro der dado sinal verde para a proposta da nova CPMF, Guedes também quer tributar a internet no país, em ato que vai prejudicar exchanges e traders, além dos demais serviços digitais do país, que podem pagar três vezes mais impostos no futuro breve.
A proposta deve favorecer aos estrangeiros e prejudicar as empresas brasileiras, segundo especialistas.
Apesar da má perspectiva, as exchanges no país seguem se expandindo e aproveitando o crescimento do mercado, que tem lucrado também com a alta do dólar – e consequente impulso na valorização do BTC.
Um diretor da Mercado Bitcoin disse que o Bitcoin atingiu uma valorização de 100% no país depois de bater os R$. 60.000. Segundo o CoinMarketCap, o BTC pode ser a resposta para a revolução financeira que o país precisa.
Enquanto isso, a BitcoinToYou anunciou que vai listar a stablecoin lastreada em ouro Paxos Gold e o XRP da Ripple. A Mercado Bitcoin também deve listar uma stablecoin baseada no ouro.
Como nem tudo são boas notícias, causou estranheza no mercado o anúncio da exchange Stratum de que poderia listar o token BTCQ, da Atlas Quantum, empresa que deve a milhares de clientes e ainda tem causado dores de cabeça aos clientes prejudicados.
Além disso, os bilionários do Brasil ficaram nada menos que US$ 34 bilhões mais ricos na pandemia de coronavírus, que já matou mais de 90.000 pessoas e não tem indícios de diminuir de ritmo.
Pirâmides seguem desmoronando
Um dos maiores males da criptoesfera brasileira, as pirâmides financeiras ainda seguem como notícia. Segundo uma advogada, parentes do líder da GenBit podem saber o paradeiro do dinheiro da empresa que deixou milhões de reais em prejuízo.
Um dos fundadores da Midas Trend, que deixou R$ 55 milhões de prejuízo, tem aparecido nas redes sociais ostentando sua “riqueza” oferecendo serviços de “coach de finanças”.