Sítio de líder de pirâmide foi depredado, polícia no caso
Uma pirâmide financeira encerrada no início de junho no Brasil, discípula da Indeal, teve uma situação curiosa nos últimos dias. Com os principais líderes presos, o sítio que era usado por um líder da pirâmide foi depredado, e a polícia civil apura o caso.
A chamada Operação Faraó ocorreu no início do mês contra líderes da “Mind7Se“, que é acusada de ser usada no esquema para ocultação de patrimônio com criptomoedas. Ao cumprir mandados de busca e apreensão, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu 14 líderes da suposta pirâmide financeira.
De fato, a justiça apura o que teria sido cometido no possível crime, enquanto os acusados seguem a disposição para prestar esclarecimentos. Ao oferecer possíveis rendimentos garantidos com criptomoedas, a Mind7Se Gestão Financeira, a Biehl & Ferreira Negócios Imobiliários LTDA, Cássio Gustavo Portella e Carlos Joel Ferreira Júnior são apontados como as lideranças do negócio que teria lesado os investidores em pelo menos R$ 25 milhões.
O sítio de sócio da possível pirâmide financeira Mind7Se foi depredado e a polícia civil apura o caso
Nos últimos dias um sítio na região de Taquara, no Rio Grande do Sul, foi totalmente depredado por pessoas ainda não conhecidas. Ao verificar o caso, a polícia civil foi acionada, pois, o sítio depredado em questão era de um líder de uma possível pirâmide encerrada no início de junho.
Seu dono de fato é Carlos Joel Ferreira Júnior, preso em operação policial no último dia 5, e que tem afirmado perante a justiça que o sítio está a venda. Contudo, mesmo com as alegações, a justiça ainda não confia na versão de Carlos.
Isso porque, de acordo com o líder da possível pirâmide preso, o sítio estaria alugado até a venda do local fosse concluída. Mesmo assim, o local passava por obras de melhorias, o que afasta a versão dada por Carlos.
“No parecer ministerial, constam fotografias atuais do sítio, as quais ilustram uma obra em andamento, de considerável proporção, tendo a autoridade policial informado que tal construção possui três andares subterrâneos e ainda não foi finalizada”, afirmou juiz em decisão recente
Em meio a obra, sítio teria sido depredado e roubado, polícia não tem informação de quem são os culpados
O valor do imóvel é de R$ 6 milhões, e estaria passando por reformas de melhoria. Contudo, no último fim de semana foi totalmente depredado e teve vários itens roubados. O crime é investigado pela Polícia Civil, uma vez que o imóvel havia sido sequestrado judicialmente.
Segundo informações do Diário Gaúcho, o imóvel teria recebido até festa dos possíveis vândalos. Ou seja, dias após a prisão dos donos do sítio, o local teve móveis, eletrodomésticos e até o motor da piscina roubado.
Como as câmeras e outros itens de segurança estavam desligados, a polícia não suspeita quem seja os culpados. A Polícia Civil lacrou o sítio depredado, e agora procura imagem gravada de lugares próximos para ajudar no caso. Por fim, os vizinhos ficaram com o contato da polícia em caso de movimentações estranhas no local novamente.
Homens presos pediram liberdade na justiça, juiz e Ministério Público indeferiram solicitação
O sítio depredado está envolto ao caso da possível pirâmide encerrada pela PC-RS no início de junho. Contudo, também foi alvo de uma decisão judicial que pedia liberdade dos sócios, como justificativa da associação fraudulenta.
De acordo com decisão no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o TJRS, no último dia 15, os líderes seguirão presos. O juiz chegou a consultar o Ministério Público para averiguar a liberação dos homens, mas devido a inúmeras provas contra o negócio, negou pedido de habeas corpus.
Diante do exposto, MANTENHO a prisão preventiva. Intimem-se a defesa e o Ministério Público, por telefone, enviando-lhes cópia da presente decisão
Em nota divulgada pela Mind7Se em redes sociais recentemente, a empresa diz que não tem relação com as investigações. A Mind7Se afirmou estar a disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.
Em relação às notícias veiculadas sobre a investigação que apura crime de lavagem de dinheiro e estelionato, a Mind7se esclarece que não é parte relacionada na investigação, não havendo envolvimento com os fatos veiculados. Por fim, reafirma que está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário.
Apesar das negativas da empresa, consta nos autos das investigações que a Mind7Se é uma das empresas em que Carlos Joel é sócio administrador. Dessa forma, a justiça apura se a empresa era usada para ocultação patrimonial. O Livecoins procurou o delegado que cuida do caso em busca de informações, mas não obteve resposta até o fechamento dessa.
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