Estados Unidos coloca criador da criptomoeda da Venezuela na lista de mais procurados
No começo de 2020, os EUA emitiram uma Ordem de Prisão a Nicolás Maduro, na época, a ordem não tinha nada a ver com criptomoedas. Agora, parece que a Petro entrou na mira do país norte-americano, já que os EUA estão oferecendo US$ 5 milhões (Cerca de R$ 25 milhões) de recompensa pelo criador da Petro.
O serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos, parte da Agência de Segurança Doméstica, está procurando por Joselit Ramírez, o chefe da equipe responsável pela criação a criptomoeda nacional Petro.
Claro, Ramírez, está longe da jurisdição dos EUA, caso ele esteja na Venezuela, não há como ser preso e forma simples. Por isso, o país está oferecendo a recompensa milionária para quem tiver informações que possam levar à prisão do membro do governo de Maduro.
De acordo com a agência de Imigração, Joselit possui conexões sociais e políticas profundas com vários traficantes, incluindo o ex-vice presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, que também está na lista de mais procurados por operações de tráfico e lavagem de dinheiro.
As acusações alegam que as conexões de Ramírez com os suspeitos de tráfico permitiram que ele lavasse dinheiro, além de quebrar as sanções dos EUA, justificando assim a ordem de prisão.
A Petro contra os EUA
A Petro tem sido uma das esperanças da Venezuela para lutar contra as imposições dos EUA em seu território. Os Estados Unidos aplicaram várias sanções contra o país da América do Sul por causa de conflitos entre as posições governamentais.
Essas sanções, somada a terrível crise financeira causada pela administração de Maduro, acabou levando o país para uma das piores crises financeiras da história. Claro, isso obrigou o governo a procurar soluções para enfrentar essas sanções.
Com isso foi criado a Petro, uma criptomoeda estatal com lastro no petróleo produzido pela Venezuela. A ideia é que a moeda seria usada para eliminar a necessidade do dólar na negociação internacional, principalmente do petróleo.
Apesar de algumas negociações bem sucedidas com o Irã (outro inimigo dos EUA) e até mesmo com a Rússia, o Petro ainda não conseguiu emplacar o status de moeda de troca.
O governo até usou a moeda como incentivo para seus cidadãos, no entanto, até mesmo os consumidores varejistas não possuem muito interesse em usar a moeda digital estatal.
Joselit provavelmente estará seguro na Venezuela, onde Maduro continua como presidente e possui controle das forças polícias e militares. No entanto, existem vários opositores do atual governo e que são alinhados aos Estados Unidos.
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