Um único app de pagamento ajuda a levantar a bolsa dos EUA
A bolsa dos Estados Unidos abriu em alta nesta sexta-feira (8). O Dow Jones subiu 0,89% (23.875,89 pontos), o S&P 500 avançou 1,15% (2.881,19). Além disso, o Nasdaq Composite ganhou 1,41% (8.979,66 pontos). Até o momento, a bolsa de companhias de tecnologia zera as perdas de 2020.
Entre outros motivos, o desempenho é puxado pelo sucesso de um único aplicativo de pagamentos. Os investidores reagem primeiro a um arrefecimento de ânimos na guerra comercial com a China. No entanto, também compram de olho no anúncio de bons resultados nas vendas do e-commerce no meio da pandemia.
O PayPal declarou um recorde no volume de pagamentos no segundo trimestre. Em plena crise, a plataforma viu pico de transações no dia 1º de maio, superando grandes eventos como Black Friday e Cyber Monday. O anúncio fez as ações da empresa dispararem 14% na bolsa eletrônica Nasdaq.
Segundo a companhia, o resultado tem ligação com a adoção massiva do app de pagamentos Venmo. Muito utilizado nos EUA para transações do dia a dia, o app vem se tornando cada vez mais popular devido à redução dos pagamentos presenciais. O app, vale lembrar, foi adquirido pela PayPal em 2013.
Pagamentos digitais na pandemia
A situação de isolamento vem beneficiando empresas de pagamentos digitais. No Brasil, companhias do setor comemoram aumento no uso diário. A expectativa é que o movimento se acentue com o lockdown, quarentena mais rígida que já começa a ser decretada em algumas capitais.
O sucesso desse tipo de plataforma também chama atenção do mercado de criptoativos. Por exemplo, a fintech americana Paystand pretende criar um concorrente do Venmo baseado em blockchain. Em fevereiro, a empresa levantou US$ 20 milhões para alavancar o projeto. A ideia é criar uma solução tanto para pagamentos entre consumidores quanto para o mercado B2B. Nesse segundo caso, as empresas fariam trocas usando uma infraestrutura de contratos inteligentes.
Bolsa brasileira
No Brasil, o líder do segmento é o PicPay, que ainda não tem capital aberto. No entanto, existem diversos rivais operados por empresas de e-commerce com ações negociadas na bolsa brasileira. É o caso do Ame, das Lojas Americanas (LAME4), do Mercado Pago, operado pelo Mercado Livre (MELI34) e do Ewalli, do qual o Carrefour (CRFB3) detém uma a metade.
Empresas desse segmento vêm passando, em geral, por um bom momento na crise. Com o confinamento, o e-commerce cresce e puxa a atenção dos investidores para o setor. Magazine Luiza e Via Varejo, por exemplo, vêm de uma boa semana na bolsa. Entretanto, o cenário brasileiro ainda não parece ligado com a adoção de apps de pagamentos como acontece nos EUA.
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