Real Desvalorizado Mesmo Após U$ 49 BI do Banco Central
Banco Central injeta U$ 49 BI no câmbio, mas o Real continua sendo a moeda mais desvalorizada entre todas as economias do G20. Desvalorização extrema comprova a fragilidade do Real frente à crise econômica provocada pelo coronavírus.
O desempenho do real (BRL) frente ao dólar americano (USD) continua extremamente fraco.
Assim, mesmo após o Banco Central (BACEN) injetar U$ 49 Bi no mercado de câmbio, a moeda brasileira tem dificuldade de reagir com força.
O cenário de crise provocado pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19) atrapalha, mas não justifica tamanha desvalorização.
É preciso ressaltar que, além além dos dólares, o BACEN continua injetando bastante de liquidez na economia nacional.
Dessa maneira, há que se analisar a valorização ocorrida no primeiro trimestre de 2020, bem como a política monetária e cambial proposta pelo BACEN.
Dólar Dispara Por Conta da Pandemia
A cotação do dólar americano disparou no início de março de 2020.
Esse foi o período no qual o mercado se deu conta da seriedade da pandemia do COVID-19.
O dólar iniciou o ano de 2020 cotado a aproximadamente R$ 3,94.
Porém, o valor subiu consideravelmente durante o primeiro trimestre de 2020.
No início de fevereiro, o dólar já batia na casa dos R$ 4,21.
Na sequência, o dólar alcançou o patamar dos R$ 5,21 no mês de março, para chegar aos atuais R$ 5,51 de abril.
BACEN Injeta U$ 49 Bi no Câmbio
Para conter a escalada da moeda americana frente ao real, o Banco Central promoveu a sua política cambial de injeção de dólares no mercado de câmbio.
Neste sentido, desde o fim de janeiro, o BACEN já injetou cerca de U$ 49 bilhões na economia.
A injeção de dólares se deu por meio da seguinte maneira:
- U$ 17,26 bilhões através de leilões no mercado à vista
- U$ 12,00 bilhões por meio de leilões em linha
- U$ 12,80 bilhões em operações de swap cambial
As operações de liquidação de dólares causaram uma diminuição de 6,5% nas reservas internacionais do Banco Central.
Real Tem a Pior Performance Entre as 33 Principais Moedas
Por consequência da situação atual, o real brasileiro apresenta o pior desempenho entre as principais moedas do mundo.
No caso, nenhuma delas se desvalorizou tanto quanto a moeda nacional.
Há que se considerar que, embora a crise do COVID-19 tenha se iniciado no mundo no mês de janeiro, ela demorou até março para se intensificar no Brasil.
Na tomada do ano, o real já desvalorizou aproximadamente 25% frente ao dólar.
O desempenho coloca a moeda nacional no último lugar entre as 33 moedas mais líquidas do mundo.
Bitcoin e Outras Criptomoedas Estáveis
O Bitcoin apresenta um desempenho forte durante a crise, demonstrando que há confiança dos investidores.
Assim, é possível que muitos investidores utilizem a criptomoeda como ativo de proteção frente ao real.
A desvalorização excessiva da moeda brasileira, dessa maneira, pode ser combatida através de investimento em criptomoedas e stablecoins.
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