Investigado por estelionato forja sequestro para tentar receber dívida de R$ 60 mil em bitcoins
Um empresário investigado pelo crime de estelionato forjou o próprio sequestro para tentar sensibilizar seu antigo sócio a pagar uma dívida de R$ 60 mil em bitcoins. O caso aconteceu no Distrito Federal (DF), segundo matéria publicada pelo jornal Metrópoles.
O caso foi descoberto por policiais da Divisão de Repressão e Sequestros da capital. Eles foram acionados para verificar o suposto crime e, quando chegaram ao local, acabaram descobrindo que tudo não passava de uma armação.
Suposto sequestrado é ex-sócio de golpista
O sequestro fake foi armado por Felipe Fabiano Amorim, ex-sócio de Marlon Gonzalez, empresário que pode ter dado um golpe de R$ 3 milhões e que é conhecido no mercado como “Playboy do Bitcoin”.
Segundo a reportagem, Amorim forjou o crime com ajuda de outro homem que também teria sido lesado por Gonzalez. Toda a armação, que ocorreu em uma chácara no Distrito Federal, foi gravada em vídeo.
Na filmagem, Amorim aparece sentado em um banco, nu, sujo e amarrado com cordas. O suposto sequestrador faz algumas perguntas sobre o paradeiro do dinheiro e dá uns tapas na cara de Amorim, que é investigado por estelionato na 17ª Delegacia de Polícia de Taguatinga Norte, no DF.
Polícia descobre farsa e leva todo mundo para delegacia
De acordo com a reportagem, os policiais da Divisão de Repressão e Sequestros, após receberem a denúncia, foram até a chácara onde o suposto sequestro ocorria. Ao chegarem lá, descobriram que era uma farsa.
Amorim, o outro homem lesado por Gonzalez e o caseiro do local foram levados para a delegacia, onde uma ocorrência foi registrada. Só que o caso, segundo o delegado Leandro Ritt, não deve “ir para frente”.
“Essa apuração só avança se Marlon Gonzalez apresentar queixa, pois ele é o ofendido. No entanto, a Polícia Civil não consegue localizá-lo”, disse ao jornal Metrópoles.
Quem é Marlon Gonzalez?
Gonzalez é investigado por ter dado um suposto golpe de R$ 3 milhões por meio de sua antiga empresa, a M3 Private. Ele captava dinheiro dos clientes para investir em bitcoins. Como de costume nesse tipo de crime, ele costumava prometer altas taxas de retorno sobre os investimentos.
Por causa das dívidas, no final do ano passado o golpista foi vítima de um sequestro real, segundo reportagem da emissora Record. Ele teria sido sequestrado por dois empresários que haviam investido R$ 152 mil na empresa e queriam a grana de volta.
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