Espanha cobra imposto de 66 mil traders de criptomoedas
O serviço fiscal da Espanha, a Agencia Estatal de Administración Tributaria (AEAT), informou que vai enviar 66 mil cartas para pessoas pagarem imposto de renda relacionado à ganhos com criptomoedas.
A novação ação da Espanha de cobrar impostos de criptomoedas de forma ostensiva, faz parte dos esforços da administração do país para aumentar a fiscalização de ganhos e evitar a sonegação de impostos através das criptomoedas e outros meios.
A Espanha está tendo um momento difícil em meio a pandemia, o país se tornou o terceiro com mais casos confirmados da doença, ficando apenas atrás dos Estados Unidos e da Itália. É bem possível que essa nova ação tenha ligação direta com a situação do país.
De acordo com informações do site Europa Press, essa nova postura diante dos ganhos com criptomoedas vai acontecer do dia 1º de abril até o dia 30 de junho, mantendo o calendário previsto para lidar com a crise do coronavírus.
Os investidores do criptomercado não são os únicos que vão ser afetados pela nova ação da AEAT. A ideia é cobrar o imposto de renda de diferentes tipos de ganhos, principalmente os que envolvem patrimônios e ativos estrangeiros.
De acordo com a notícia, a fiscalização também vai enviar cartas de aviso para os proprietários que alugam imóveis no país e também no exterior. A AEAT prevê uma ampliação de 700 mil a 1,5 milhão de cartas para os proprietários de imóveis de aluguel na Espanha e de 2,17 milhões a 2,32 milhões para os que possuem imóveis no exterior.
Para aqueles que investem em criptomoedas a pretensão é triplicar o número de cartas de aviso. Atualmente são 14 mil enviadas por ano e, como informado, a ideia é chegar aos 66 mil.
Essa não é exatamente uma novidade, já que a agência de controle fiscal já tinha anunciado no começo que a Espanha iria cobrar impostos das criptomoedas operadas pelos traders, como mostrado pelo CryptoNews.
Pandemia e aumento da fiscalização?
A crise do coronavírus está levando muitas questões, principalmente em relação à economia.
Essa nova ação no aumento da fiscalização de ganhos com criptomoedas já vinha acontecendo em todo o mundo, mas o cerco pode fechar ainda e de forma acelerada em uma tentativa dos estados de controlar a inflação e evitar a desvalorização das moedas oficiais.
As autoridades podem ficar cada vez mais de olho no dinheiro que está circulando em mercados fora da Espanha por cidadãos do país, não gerando impostos para o estado.
Esse aumento da fiscalização, no entanto, provavelmente pegou os investidores de surpresa, já que eles poderiam estar esperando um tempo de folga em meio à crise, principalmente após o banho de sangue que aconteceu no criptomercado.
A Receita Federal dos EUA (IRS) já começou a realizar a tributação no final do ano passado. A atitude da AEAT pode ser repetida em outros países durante os próximos meses em que é lidado com a pandemia.
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