Investidores do Ceará perdem cerca de R$ 10 milhões em suposta pirâmide financeira de Bitcoin
Segundo reportagem do ‘Diario do Nordeste’, Miner Investimentos bloqueou mais de 75% do investimento realizado por clientes após captação para ‘aplicações em criptoativos’
Investidores do Ceará teriam perdido mais de R$ 10 milhões em uma suposta fraude financeira envolvendo Bitcoin, segundo reportagem do jornal “Diário do Nordeste” publicada em 16 de agosto.
Segundo a publicação, mais de 50 investidores teriam sido lesados pela Miner Investimentos, que sem autorização da CVM alegava realizar aplicações em criptoativos em nome dos clientes.
A reportagem destaca que, segundo relatos de alguns clientes que foram afetados pela operação da Miner, a empresa se apresentava como um corretora de investimentos por meio de dois sócios: Renee Silva e Geraldo Vieira.
A Miner, supostamente prometia retorno mensal muito acima do mercado e fazia apresentações surpreendentes.
“Eles explicavam que nunca investiam tudo no mercado de ações e que não corriam riscos desnecessários. Os rendimentos garantidos de 2%, eles diziam que viam pela proporção de todos os aportes que eles tinham, que tudo era feito com um planejamento para assegurar os resultados. O discurso era lindo, tanto que muita gente acreditou e ainda convidou amigos e familiares”, disse uma suposta investidora que afirma ter mais de R$ 20.000 investidos.
A Miner teria dito aos clientes que fez um acordo com a CVM para encerrar as atividades e que, por isso, só devolveria 25% do valor que os clientes aplicaram, pois havia tido um prejuízo de 75% no acordo com a autarquia.
“Os ativos tiveram variação negativa de 75,27% por conta de um golpe perpetrado contra a Miner pela JJ Invest, que lesou milhares de investidores no Brasil. Uma ação judicial é movida pela Miner na Justiça do Rio de Janeiro contra a JJ Invest para recuperar os valores e repassá-los aos cotistas”, disse a Miner em nota. Esse processo, no entanto, corre em segredo de Justiça.
Até agora os clientes estão sem receber seus valores e nem mesmo os 25% prometidos.
Como reportou o Cointelegraph, em uma ação judicial, aberta por um cliente do Grupo Bitcoin Banco, com saques atrasados na plataforma, a justiça determinou o bloqueio de bens pessoais de Cláudio Oliveira, controlador do GBB.
O novo bloqueio judicial, foi até a casa e a chácara do empresário e visava itens pessoais como obras de arte, jóias, quadros, relógios e até sapatos da marca Louboutin, pertencentes a Oliveira e sua esposa.