Após maior roub do história, corretora volta a negociar bitcoin, ethereum classic, bitcoin cash e litecoin
A exchange de criptomoedas japonesa Coincheck, que em janeiro deste ano foi vítima do maior roubo da história do mercado criptoeconômico, reabriu a plataforma para novos registros de usuários após nove meses da ocorrência.
De acordo com um comunicado de imprensa no site da corretora — que agora é administrada pela empresa japonesa de serviços financeiros Monex Group — os clientes que passarem pela verificação KYC avançada da plataforma poderão começar a negociar imediatamente.
“Temos o prazer de informar que agora estamos prontos para retomar a abertura de novas contas a partir de 30 de outubro de 2018”, diz o comunicado.
A nota anuncia quatro criptomoedas que já podem ser negociadas a partir desta data. São elas: bitcoin (BTC), bitcoin cash (BCH), litecoin (LTC) e ethereum classic (ETC).
A Coincheck, que perdeu 500 milhões de tokens da NEM, avaliados na época em R$ 1,6 bilhão, disse que futuramente pretende retomar a negociação para mais cinco altcoins: ethereum (ETH), ripple (XRP), NEM (XEM), lisk ( LSK) e factom (FCT).
Criptoativos como o monero (XMR), zcash (ZEC) e dash (DASH), cujos projetos são focados em privacidade ficaram ausentes até mesmo de inclusões futuras, possivelmente por pressão regulatória após a invasão hacker.
No entanto, a nota diz:
“A seleção das criptomoedas foram de acordo com a AML/CTF (agências internacionais anti-lavagem de dinheiro e contra o financiamento do terrorismo, respectivamente) tendo em vista a proteção do cliente”.
Após a aquisição da Coincheck pela Monex, a Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA) deu uma ordem de melhoria de negócios à corretora, relatou a CCN.
A autorização para operar legalmente no Japão ainda está pendente no órgão justamente pela prática negligente com o token NEM (XEM) que causou o grande prejuízo a investidores como o roubo de janeiro.
No entanto, a Monex, que praticamente salvou a Coincheck ao comprar 100% de sua ações no início de abril, disse que já tomou todas as providências junto ao FSA e que tudo está em conformidade com as regulações.
Até mesmo o relatório de lucros da Monex para o terceiro trimestre deste ano esboça sua crença de que a Coincheck, apesar de tudo o que passou, é parte importante nos esforços para o grupo se tornar um grande conglomerado financeiro, diz a CCN.
De acordo com Coindesk em publicação nesta segunda-feira (29) a Coincheck gerou receita de 315 milhões de ienes, cerca de US$ 2,8 milhões (R$ 10 milhões) entre julho e setembro.
O número representa uma queda de 66% em relação ao trimestre anterior, que foi um lucro de US$ 8,4 milhões (cerca de R$ 31 milhões), diz o site.
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