‘99% do volume de Ethereum, Litecoin e EOS pode ser falso’, diz analista de criptomoedas
Para Koji Higashi, a maioria do volume de negociação deste mercado é falso e a dominância do Bitcoin é maior que o que se pensa.
Segundo um novo relatório do pesquisador Koji Higashi publicado no Medium, as exchanges podem ser responsáveis por falsificar 99% de seus volumes de negociação de Ethereum, Litecoin e EOS.
Uma das maiores críticas ao mercado de criptomoedas é a falta de transparência das exchanges e a grande quantidade de volume de negociação falso. Um novo relatório parece comprovar essa tese.
O analista de criptomoedas do Japão observou que o grau de volume falso nas altcoins parecia mais grave que o praticado com Bitcoin. De acordo com Higashi, a maioria dos traders baseiam suas análises no volume de negociação. Segundo ele, o volume continua sendo um dos principais indicadores.
Higashi disse que a dominância do mercado por parte do Bitcoin é maior que se pensa. Seu estudo se baseia no volume de referência das criptomoedas em relação às moedas fiduciárias e às principais altcoins. Ele usou o CoinGecko, um portal que analisa os dados das exchanges e busca filtrar volumes falsos.
Depois de analisar os dados, Higashi conclui que 95% do total de volumes relatados de Bitcoin são falsos. Quanto às altcoins, o número parece ser ainda pior.
O analista acredita que o volume real para o Bitcoin chegou a 10.000 BTC (aproximadamente US$ 70 milhões) em média. Ao mesmo tempo, o volume nominal era de 2.600.000 BTC (aproximadamente US$ 18 bilhões). Isso mostrou que cerca de 97% do total de dados relatados não são verdadeiros.
Ao analisar a dominância do mercado do Bitcoin, Higashi afirmou:
“Depois de eliminar o volume falso, o domínio do mercado de Bitcoin se torna ainda mais óbvio. Entre as 30 principais criptomoedas, a verdadeira participação no mercado de liquidez do Bitcoin é de cerca de 70% versus a participação nominal de 50% no mercado.”
Quando o analista incluiu as stablecoins no relatório, os dados revelaram que a maior parte do volume de negociação do Bitcoin vem da China. Higashi afirmou que a região hospeda mais da metade dos negócios do ativo digital.
Depois da China está os Estados Unidos, com apenas 20% da participação no mercado líquido do Bitcoin, seguido pelo Japão e pela Europa, que tinham acesso a apenas 10 e 5%, respectivamente.
Segundo especialistas, um dos fatores que impede a evolução das leis neste mercado é a grande quantidade de volume falso. A SEC destacou o risco de manipulação de preços nos mercados globais de Bitcoin como a principal razão para rejeitar a aprovação de um ETF do ativo digital.
Apesar do pessimismo, alguns membros da comunidade acreditam que um ETF de Bitcoin ainda pode acontecer. Como mostrou o Cointelegraph, o CEO da Bitwise afirmou que o instrumento de investimento será aprovado.