70% dos investidores institucionais querem ter exposição às criptomoedas

A gestora de investimentos Fidelity divulgou na terça-feira, 20, uma pesquisa que aponta enorme interesse de investidores institucionais pelo mercado de criptoativos. Segundo o levantamento, 71% desse tipo de investidor pretende comprar ativos digitais no futuro.

Chamada “Fidelity Digital Assets’ 2021 Institutional Investor Digital Assets Study”, a pesquisa mostra que sete em cada 10 investidores institucionais se veem ganhando exposição às criptomoedas no futuro, e mais de 90% deles imagina que isso vá acontecer nos próximos cinco anos.

“Um forte indicador do aumento da maturidade do mercado de ativos digitais tem sido a diversidade de participantes institucionais nos últimos 12 a 15 meses”, disse Christine Sandler, chefe de Marketing da Fidelity Digital Assets. “Anteriormente, a adoção institucional foi impulsionada principalmente por empresas nativas do setor e pequenos escritórios, mas vimos um aumento no interesse de instituições tradicionais e intermediários financeiros, o que está contribuindo para o crescimento ano após ano da sua adoção”.

Além disso, mais da metade (52%) dos 1.100 entrevistados, localizados nos EUA, Europa e Ásia, afirmaram que já investem em ativos digitais, direta ou indiretamente – por exemplo, com aportes em empresas que têm criptoativos em seus balanços patrimoniais, como Tesla, MicroStrategy e Square. Na Ásia, o número chega a 71%, contra 56% na Europa e 33% nos EUA – no caso das duas últimas, a alta em relação è edição 2020 da pesquisa é considerável, já que era de 27% e 45%, respectivamente.

Apesar das preocupações de investidores que demonstraram não considerar os criptoativos como uma classe de ativos, como a volatilidade e questões de segurabnça, para o presidente da Fidelity Digital Assets essa é uma barreira cada vez menor: “A expectativa de que a grande maioria das instituições terão alguma exposição aos criptoativos até 2026 mostra que os investidores têm um entendimento maior sobre esta classe de ativos e progrediram na jornada entre educação e adoção”.

A pesquisa foi realizada com investidores de alto patrimônio, escritórios familiares, fundos de hedge digitais e tradicionais, assessores financeiros e gestores de investimentos. O relatório foi divulgado depois de um dia de forte queda no mercado cripto, que jogou o bitcoin para baixo de 30 mil dólares e criou expectativa de novas quedas entre especialistas. Nesta quarta, entretanto, o mercado demonstrou recuperação, e a maior criptomoeda do mundo já é negociada acima de 31.500 dólares.

Também nesta quarta, o anúncio do BNY Mellon de que vai se juntar ao State Street e outros gigantes para o lançamento de uma corretora de criptoativos focada em investidores institucionais reforça a tese citada pela pesquisa.

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