5 projetos baseados na Solana com alto potencial de valorização para 2022
SOL foi um dos grandes destaques do mercado cripto no ano passado, com uma valorização de mais de 9.000%, mas em 2022 pode ser a vez de projetos baseados na rede decolarem.
A oportunidade de retornos exponenciais com a Solana (SOL) ficaram em 2021, quando a rival do Ethereum acumulou ganhos absolutamente impressionantes de 9.374%. Foi uma daquelas chances únicas que tornou milionários aqueles que souberam aproveitá-la.
Não foi por falta de aviso. Há um ano atrás, Sam Bankman-Fried, fundador e CEO da FTX e um dos mais jovens bilionários dos EUA, aconselhava seus seguidores no Twitter a comprar tantos SOLs quanto fosse possível enquanto o ativo estava cotado a US$ 3,00. O ativo acabou fechando o ano em torno de US$ 175,00. Antes, em novembro, chegara à máxima histórica de US$ 260,06.
Quem tivesse investido R$ 1.000,00 em SOL na ocasião do alerta de Bankman-Fried teria fechado o ano com mais de R$ 65.000. Não é nem um pouco razoável esperar que o SOL possa repetir em 2022 o desempenho do ano passado.
No entanto, a história poderá ter desdobramentos semelhantes quando se trata de projetos em estágio inicial de desenvolvimento da rede de contratos inteligentes. Muitos ainda têm potencial para se expandir tanto em termos de capitalização de mercado como em número de usuários ativos à medida que o ecossistema da Solana se desenvolve e a adoção cresce. Assim, ganhos similares ou aproximados ao do SOL no ano passado não podem ser descartados.
Conheça abaixo alguns protocolos promissores da Solana neste ano que se inicia.
1. Raydium (RAY)
A Raydium está para o ecossistema da Solana assim como a Uniswap (UNI) está para a rede Ethereum (ETH). Trata-se da exchange descentralizada da Solana que possui o maior Valor Total Bloqueado (TVL) no protocolo: algo em torno de US$ 1 bilhão atualmente, segundo informações da plataforma de monitoramento de dados Defi Llama. Através deste formador de mercado automatizado (AMM) é possível fazer swaps de criptoativos, participar de pools de liquidez e fazer yield farming.
Para que se possa ter uma medida do potencial de crescimento da Raydium basta notar que a Uniswap tem hoje um TVL de US$ 8 bilhões – valor que já chegou um pouco acima de US$ 10 bilhões nos topos de alta do mercado em 2021, também segundo a Defi Llama.
Mas a Raydium tem uma vantagem sobre sua contraparte do Ethereum: através da integração com a Serum (SRM) é possível obter uma cotação do melhor preço disponível para ativos tanto nos seus próprios pools de liquidez quanto no livro de ordens descentralizado da Serum.
Ou seja, o usuário não é obrigado a realizar a transação no valor determinado pelo pool, como acontece na Uniswap ou na Sushiswap (SUSHI), mas sim criar uma ordem determinando quanto gostaria de pagar ou receber ao negociar um ativo.
O RAY começou a ser negociado em fevereiro de 2021 a um preço aproximado de US$ 6. Na esteira do crescimento do SOL, atingiu US$ 16 em maio e o mesmo valor novamente em setembro, antes de ser vitimado pela queda generalizada do mercado no final do ano passado.
No momento em que este texto está sendo escrito, o RAY está cotado a US$ 5,53, 67% abaixo do recorde de preço de US$ 16,93 registrado em 12 de setembro, de acordo com dados do CoinMarketCap. No mínimo há um bom espaço para retomada do seu valor de mercado.
2. Serum (SRM)
Como mencionado acima, o propósito fundamental do protocolo é oferecer a velocidade e a conveniência do modelo de livro de ordens ao ecossistema DeFi da Solana. A Serum possui ainda um atrativo adicional: ao contrário de outras DEX (exchanges descentralizadas), ela processa taxas de negociação e de liquidação de transações em menos de um segundo a um custo verdadeiramente baixo – menos de alguns centavos de dólar.
Assim, grande parte dos protocolos DeFi da Solana busca integração com a Serum. E isso faz do SRM um investimento atrativo. Outra razão para acreditar no potencial de valorização do ativo é que ele conta com o suporte do já mencionado Sam Bankman-Fried e da exchange FTX.
De acordo com análise publicada no Youtube pelo diretor de research da Mercurius Crypto, Orlando Telles, caso a Solana mantenha o crescimento observado em 2021 neste ano, o SRM tende a ser um dos principais ativos nos quesitos de atração de capital e de relevância dentro do ecossistema da rede.
Assim como o RAY, o token nativo da Serum alcançou topos de preço em maio e setembro deste ano e nesse momento encontra-se próximo ao patamar em que se encontrava na ocasião em que começou a ser negociado. Hoje, o SRM está valendo US$ 3,19 – mais de 76% abaixo de sua máxima histórica, de acordo com dados do CoinMarketCap.
3. Mango Markets (MNGO)
A Mango Markets também é uma DEX, mas no caso trata-se de uma plataforma especializada em negociações de margem e contratos futuros perpétuos – um nicho de mercado que costuma ser bastante lucrativo. Derivativos rendem enormes quantidades de dinheiro a exchanges centralizadas como a FTX. O objetivo da Mango Markets é abocanhar parte desta receita através do ecossistema da Solana.
O protocolo oferece alavancagem de até 5 vezes em negociação de margem, ao passo que outros protocolos DeFi oferecem, em média, no máximo 2 vezes. Os contratos perpétuos podem chegar a uma alavancagem de até 10 vezes.
O projeto é controlado por uma DAO (Organização Autônoma Descentralizada) e uma grande quantidade do seu token nativo – o MNGO – está travada em um fundo de governança controlado pela organização.
Trata-se também de um projeto bastante recente. O MNGO passou a ser negociado livremente no mercado no início de agosto ao preço de US$ 0,18 por token. Até novembro, ele vinha crescendo de forma constante e sustentada, mantendo-se em torno de US$ 0,45.
Desde então, atingido pela fuga generalizada de capital do mercado de criptomoedas, o MNGO sofreu uma forte correção e atualmente está cotado a US$ 0,21, com uma capitalização de mercado de US$ 210,1 milhões, de acordo com dados do CoinMarketCap. Soma nada desperzível para um projeto tão novo que dá margem a especulações de que o token tem espaço para uma valorização em torno de 10 vezes à medida que o ecossistema da Solana mantenha-se em evolução.
4. Saber (SBR)
O Saber é uma combinação de DEX com formador automático de mercado (AMM) com foco em stablecoins e ativos sintetizados de outras blockchains (wrapped tokens) para utilização no ecossistema da Solana.
Assim, é possível realizar todo o tipo de operação típicas de AMMs, como swap de ativos, fornecer liquidez e yield farming, com tokens que não fazem parte do ecossistema da Solana: Bitcoin (BTC), Ether (ETH) e Cardano (ADA), por exemplo.
Aparentemente, trata-se de um serviço bastante simples, mas ao mesmo tempo fundamental para a realização plena de todo o potencial do ecossistema da Solana.
Assim como o Mango Markets, o Saber é um projeto recente e o seu token nativo, o SBR, começou a ser listado em exchanges em agosto do ano passado. Inicialmente, o SBR foi negociado em torno de US$ 0,043 e atingiu o topo de US$ 1,12 em setembro.
Desde então, entrou em tendência de baixa e no momento em que este texto está sendo escrito está cotado a US$ 0,085, de acordo com dados do CoinMarketCap. Sua capitalização de mercado ainda é pequena, apenas US$ 56,3 milhões, com um bom espaço para crescimento no médio prazo.
5. Cope (COPE)
O Cope é um projeto cuja proposta é bastante original. Portanto é preciso estar atento à relação risco-retorno de um possível investimento. Em caso de sucesso, os lucros podem ser consideráveis, mas o mesmo é válido para eventuais perdas. Trata-se de um produto de investimento baseado nas operações de mercado dtraders de criptomoedas de sucesso cuja execução se dará em duas fases.
A primeira envolve analisar as fraquezas e falhas de traders de criptoativos retrospectivamente com base em suas operações, produzindo relatórios para auto-análise. Os traders são avaliados com base na precisão de suas operações a partir de uma série de parâmetros pré-determinados. Os resultados estabelecem uma pontuação a partir da qual um ranking de 100 traders é criado.
Uma vez estabelecido esse ranking, ele passa a ser atualizado mensalmente e serve de base para um novo tipo de produto de investimento baseado nas operações dos principais traders, a ser implementado na segunda fase.
Seu token nativo é o COPE, que serve tanto para ter acesso à plataforma quanto para receber as recompensas oferecidas pelo protocolo. A partir de uma determinada quantia, detentores tornam-se elegíveis a participação em airdrops e outros benefícios.
O COPE começou a ser negociado há exatamente um ano e no momento encontra-se em baixa, cotado a US$ 0,6109, de acordo com dados do CoinMarketCap. Trata-se de um projeto experimental cujos resultados ainda não foram colocados à prova.
Conclusão
É sempre importante reforçar que o sucesso destes projetos está diretamente vinculado ao desenvolvimento da Solana e isso inclui a atração de liquidez, o aumento do número de usuários e um crescimento sustentado de projetos de infraestrutura do ecossistema.
Portanto, é importante que os investidores estejam atentos à batalha dos procolos de primeira camada, pois conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, 2022 está apresentando um novo rol de concorrentes a desbancar o Ethereum da posição de líder entre as blockchains dedicadas a contratos inteligentes.
As visões e opiniões expressas aqui são exclusivamente do autor e não refletem necessariamente as visões do Cointelegraph Brasil. Todo movimento de investimento e negociação envolve risco. Você deve conduzir sua própria pesquisa ao tomar uma decisão.
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