3ª maior carteira do mundo faz nova compra e soma US$ 5 bilhões em bitcoin
O terceiro maior investidor de bitcoin do mundo aproveitou a recente correção no preço da criptomoeda para ir às compras. Com um novo aporte de 13 milhões de dólares, o endereço já soma o equivalente a 4,85 bilhões de dólares em bitcoin.
A baleia – como são chamados os grandes investidores – se destaca como uma das maiores carteiras de bitcoin já há algum tempo. Em abril, vendeu uma grande quantidade quando o ativo digital chegou ao seu preço recorde, acima de 64 mil dólares. Mesmo assim, o endereço se manteve no topo da lista das maiores carteiras.
Pouco tempo depois da máxima histórica, quando o bitcoin despencou, em maio, o endereço voltou a acumular criptomoedas, com várias compras consecutivas quando o preço do bitcoin caiu para baixo de 40 mil dólares e, depois, brevemente abaixo também dos 30 mil dólares.
Nesta madrugada, no entanto, o endereço voltou à ativa, como destino de uma transferência de 321 bitcoins a um preço médio de 40.500 dólares – ou 13 milhões de dólares no total. Ao todo, a carteira chegou a incríveis 111.795 bitcoins, que valem mais de 4,85 bilhões de dólares, ou cerca de 26 bilhões de reais.
Segundo o analista da CryptoQuant identificado com o pseudônimo de “Venture Founder”, que divulgou a transferência, a compra recente foi feita com preço 10% que as anteriores, realizadas quando o preço do bitcoin estava entre 45 mil e 46 mil dólares.
O especialista afirma também que a terceira maior carteira de bitcoin do mundo acumula lucro de quase 2,5 bilhões de dólares – ou seja, somadas todas as movimentações, a compra dos quase 112 mil bitcoins custou menos da metade dos 4,85 bilhões de dólares que eles valem atualmente.
Dados públicos e rastreáveis
Como o blockchain do bitcoin é público, qualquer pessoa pode verificar as operações realizadas na rede. Os dados das transações são todos registrados de forma pública e permanente. No entanto, como os endereços são compostos por códigos alfanuméricos, atribuí-los a um indivíduo não é algo tão simples para uma pessoa “comum” – é possível fazer isso através do cruzamento de informações, encontrando vínculos entre o endereço de uma carteira e alguma ferramenta ou plataforma que exija verificação de identidade.
Há, também, carteiras cujo histórico aponta o seu real proprietário – por exemplo, a partir do momento em que uma pessoa faz uma transferência para outra, ambas já sabem à quem aqueles endereços pertencem, e essa informação pode circular para um número maior de envolvidos.
No caso da transação desta madrugada, entretanto, o investidor – ou investidores – envolvido não é conhecido, tampouco se esta é a sua única carteira ou se ele possui ativos em outros endereços. O que se sabe é que a maioria das transações enviadas para o seu endereço têm como origem a Coinbase, uma das maiores corretoras de criptoativos do mundo, cujo endereço é conhecido.
A quantidade de bitcoins na carteira é bastante próxima ao quanto a MicroStrategy afirma ter comprado do ativo digital, o que faz muita gente especular seu proprietário. No entanto, a empresa, que tem capital aberto, costuma anunciar publicamente as suas movimentações, o que levanta dúvidas se esta pode mesmo ser a carteira da empresa de softwares ou se o endereço em questão pertence à outra companhia ou pessoa. Para “Venture Founder”, apesar de “todos acharem que essa baleia é uma entidade americana, ela também pode ser europeia ou asiática”.
Comprando a queda
A estratégia de realizar aportes durante movimentos de queda é bastante comum entre investidores de bitcoin, que acreditam em grande potencial de valorização para a criptomoeda no médio e no longo prazos. Assim, sempre que o preço do bitcoin recua, muitos investidores enxergam oportunidade de adquirir o ativo a um preço inferior ao que acreditam que ele vai valer.
Na correção de preço mais recente, que empurrou o preço da criptomoeda de mais de 48 mil dólares para perto de 40 mil, antes de uma pequena recuperação até a atual faixa de 43.400 dólares, diversos investidores se manifestaram neste sentido.
Um dos casos mais comentados foi do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que anunciou que o governo comprou mais 150 unidades da criptomoeda quando o preço estava próximo de 43 mil dólares. Agora, o país centro-americano acumula 700 unidades de bitcoin – ou cerca de 30,3 milhões de dólares no ativo.
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