Alta de 20% ou queda para US$ 20 mil: Depois de acertar preço do BTC em maio, 12 analistas avaliam como será junho
Analistas acertaram em cheio movimento do Bitcoin em maio e agora apontam como a maior criptomoeda do mercado deve se comportar em junho
O mês de maio não foi positivo para o Bitcoin (BTC) com a maior criptomoeda do mercado registrando um resultado negativo pela primeira vez no ano. No entanto, com o mês de junho começando os analistas renovam seus votos de otimismo para o mercado e estão divididos se junho pode trazer alegria, tristeza ou marasmo para os investidores de BTC.
Porém, alguns analisas como o trader conhecido como @Insider_leak_of_the_day, acreditam que junho pode ter uma nova baixa para o BTC. Ele recentemente compartilhou um gráfico no qual identifica zonas nas quais o preço imitou o comportamento de ondas e destacou que a próxima onda de baixa no curto prazo pode ocorrer neste mês.
“Agora que temos uma onda de ação bastante clara sendo construída no micro cronograma (onda A ou 1), devemos agora trabalhar para a onda B ou 2 como a fase corretiva. Assim que obtivermos uma onda 3 clara, a narrativa que venho compartilhando deve continuar.” disse.
Em maio analistas consultados pelo Cointelegraph acertaram o movimento lateral do Bitcoin e apontaram que dificilmente haveria uma quebra da resistência de US$ 30 mil, o que de fato ocorreu.
Agora, diante da incerteza sobre o movimento de preço do BTC o Cointelegraph conversou com 10 analistas que compartilharam suas previsões sobre como o Bitcoin deve se comportar em junho. Confira.
InvestSmart
William Lee, Head de Cripto da InvestSmart, também concorda que haverá lateralização do preço do BTC para junho e destaca que será difícil tanto para os ursos como para os touros romper com o padrão atual.
“O Bitcoin segue no curto prazo com uma volatilidade atipicamente pequena, muito provavelmente, pelos receios do mercado ao investir em ativos digitais, com cenário macro e riscos da dívida americana, causando bastante cautela durante esse tempo.
Para esse mês, das duas uma: ou o preço do Bitcoin se mantém lateralizado não havendo nenhuma grande notícia impactante no mercado, ou algum fator faça a volatilidade de cripto voltar “a normalidade”. Períodos longos com pouca volatilidade não costumam acontecer em cripto.” afirma.
CriptoFácil
Paulo Aragão, co-fundador do CriptoFácil, também acredita na lateralização do BTC. Ele destacou que o mercado vive um momento de baixa negociação e isso impede movimentos de alta já que o mercado precisa de liquidez para impulsionar um movimento de valorização.
“As exchanges de criptomoedas registram US$ 307 bilhões em volume em maio, o menor desde novembro de 2020 e isso não deve mudar em junho. As projeções de juros do FED, que foram um catalisador de alta para o começo do ano já não tem o mesmo efeito dado a política relativamente ‘anti-cripto’ do governo Biden. Sem liquidez, sem catalisador de alta, não acredito em romper com US$ 30 mil. Devemos ficar atentos para não perder o suporte de US$ 25 mil o que abririam uma brecha para quedas mais substanciais”, afirmou.
Mercado Bitcoin
Para Lucca Benedetti, analista cripto do MB, a lateralização também deve dominar o mês de junho. Ele aponta que o mercado está em uma fase de ‘marasmo’ na qual não acontece nada e mesmo as notícias de adoção parecem não ter força para impactar no preço.
Para o analista o Bitcoin pode até mesmo ficar neste range de preço até 2024 quando o halving pode começar a impactar efetivamente o preço do Bitcoin atraindo investimentos novos e liquidez renovada para o mercado.
“Até o halving não acredito em altas bruscas para o BTC. Esse movimento de alta que a gente viu no início do ano, deve se arrefecer e a gente deve continuar nesse range atual de preço até que um novo catalisador, que pode ser o halving, traga um interesse renovado no mercado”, apontou.
TC Pandhora
Paulo Boghosian, head de research cripto da TC Pandhora, acredita que o mercado cripto siga pressionado por questões macroeconômicas. Ele destaca que o aumento no teto da dívida americana aliado a outras ações dos reguladores pode injetar uma liquidez e US$ 5 trilhões no mercado e parte deste valor pode migrar para o Bitcoin caso ocorra novas pressões nos bancos tradicionais.
“Em um cenário como esse, o Bitcoin deve continuar sofrendo com a pressão de venda que vem enfrentando atualmente. No entanto, novos eventos de quebradeira de bancos, crises sistêmicas e outros problemas com o sistema financeiro tradicional podem levar parte desta liquidez nova para o BTC.” afirmou.
Münzen
Taras Dovgal, VP de produtos da Münzen, destaca que junho não é tradicionalmente um mês de alta para o Bitcoin e compartilhou um gráfico com o desempenho histórico do BTC no período.
“Junho é tradicionalmente um mês de baixa para o Bitcoin. Além disso, a falta de um catalisador para impulsionar a narrativa de porto seguro e dos investimentos de risco deve impedir o BTC de ficar acima de US$ 30 mil. Apesar da falta de liquidez e das negociações de baixo volume os touros tem conseguido sustentar o BTC acima de US$ 25 mil e isso é um movimento positivo que deve ser mantido em junho. Acredito que devemos continuar lateralmente entre US$ 25 mil e US$ 30 mil com uma leve tendência de baixa”, afirmou.
Bitnada e Bitnotícias
Já o influenciador Felipe Escudeiro, criador do canal Bitnada e do portal Bitnotícias, desataca que o mercado tem lateralizado os últimos 75 dias com pouquíssima volatilidade. Bitcoin teve uma volatilidade máxima de 16% desde 18 de março.
“Este não é o movimento natural do Bitcoin. Ele tem média de 5% de volatilidade por dia, historicamente falando, e esta baixíssima volatilidade me liga um alerta. Possibilidades são grandes de termos explosão de volatilidade nas próximas semanas.
Outro ponto que tenho notado é a busca por liquidez do smart money. Principalmente dos detentores de memecoins, que foram febre nos últimos meses. PEPE já perdeu cerca de 70% do seu valor nos últimos dias, e este pode ser um movimento predominante em junho: busca por liquidez em memecoins.
Smartpay
Já Rocelo Lopes, Ceo da Smartpay, acredita que em junho não haverá grandes supresas, pois não há nada no cenário macroeconômico sinalizando uma mudança de tendência.
“Tenho dúvidas se o Bitcoin consegue superar US$ 30 mil em junho. Não há nada de novo, então a tendência é continuar na lateralização. Acredito que vai demorar até que outro período de alta ocorra. A tendência continua de acumulação para manter um preço médio atraente”, afirmou.
Transfero
Segundo Pedro Mace, head de Defi da Transfero, o Bitcoin deve continuar negociando lateralmente entre US$ 27 mil e US$ 30 mil com um fundo possível e US$ 25 mil em caso de problemas na economia americana.
“Em meio a incertezas sobre o teto da dívida pública dos EUA em maio de 2023, o Bitcoin caiu cerca de 7%, fechando em US$ 27.200. As decisões do Federal Reserve sobre as taxas de juros em junho podem influenciar o preço do Bitcoin. Se houver uma pausa nos aumentos, o Bitcoin pode ultrapassar US$ 27.500 e buscar US$ 30.000. Caso contrário, se as taxas aumentarem, o preço pode cair para US$ 25.000”, disse.
Ridian
Já Eduardo de la Garza, Cofundador e CTO da Ridian, destaca que o importante é olhar para o longo prazo e a perspectiva futura do BTC.
“Nos últimos meses, o Bitcoin superou todas as outras classes de ativos, ganhando o título de ativo de melhor desempenho em 2023, conforme o Goldman Sachs. Essa tendência tem sido persistente há algum tempo, sugerindo que as criptomoedas podem continuar a ter um desempenho superior no longo prazo, apesar de quedas ocasionais como a observada em 2022, que é uma característica comum de mercados bem-sucedidos em seus estágios iniciais”, destacou.
Quantzed Criptos
Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Criptos, também aponta que a lateralização no range de preço atual deve dominar a negociação de Bitcoin ao longo de junho.
“O preço do bitcoin deve continuar lateral entre US$ 24 mil e US$ 30 mil. A falta de melhora do cenário macroeconômico impede que o bitcoin alcance patamares maiores de preço, e uma queda abaixo disso dependeria de uma piora expressiva nos indicadores econômicos”, afirmou.
Yaak Ventures
Na mesma linha, Marina Perelló, COO do Yaak Ventures, Marina Perelló, também acredita que não deve ocorrer qualquer mudança no comportamento atual do BTC.
“A moeda teve desempenho negativo associado às recentes quedas registradas pelas bolsas de valores americanas. Mesmo que não haja indicativo de fim do ciclo de aperto monetário, é possível que a tensão que recai sobre a moeda alivie após o anúncio da taxa de juros básica. A linha de sustentação permanece tênue, e não há indicativos que o Bitcoin ultrapasse a linha dos US$ 28.000”, afirma.
KATE Capital
Já Christian Aranha sócio e conselheiro da KATE Capital, acha que o BTC só vai começar a subir depois que o FED sinalizar o fim definitivo da política de alta dos juros.
“Deve começar a subir depois que o teto de gastos foi aprovado e o FED sinalizou que não deve subir os juros”, aponta.
LEIA MAIS
- Não espere outra altseason como em 2017, já que o Ethereum continua em queda contra o Bitcoin
- Jogo play-to-earn, ao estilo Axie Infinity, anuncia segunda rodada de venda de seus NFTs, os G-Bot, que esgotaram em 4 minutos
- Valor de mercado da stablecoin da Binance ultrapassa US$ 100 milhões