Jovem inglês de 19 anos é condenado a 20 meses de prisão por vender dados pessoais em troca de BTC
O tribunal de Norwich Crown, na Inglaterra, sentencia Elliot Gunton a 20 meses de prisão por vender dados pessoais e por serviços de hacking em troca de criptomoedas.
Elliot Gunton, um jovem de 19 de Mounteney Close, em Norwich, Inglaterra, declarou-se culpado por fornecer dados pessoais online e serviços de pirataria em troca de criptomoedas.
Um hacker sob encomenda
Em um comunicado publicado em 16 de agosto pela polícia de Norfolk, o texto diz que o homem foi condenado pelo tribunal da Coroa de Norwich a 20 meses de prisã, além de ser sentenciado a pagar mais de £ 400.000 (mais de US$ 485.000).
Segundo o comunicado, a polícia apreendeu seu laptop em abril do ano passado depois de encontrar um software que teria lhe permitido cometer uma série de crimes cibernéticos.
A descoberta teria sido feita durante uma visita de rotina à casa de Gunton para cumprir uma ordem de prevenção de dano sexual imposta a ele pelo tribunal em junho de 2016, relacionada a delitos anteriores.
As autoridades teriam descoberto que ele oferecia dados pessoais comprometidos de outras pessoas, consequido através de ataques de SIM swapping (clonagem de chips de telefones móveis).
A polícia também teria descoberto que o acusado divulgou os dados comprometidos e ofereceu serviços de hacking por US$ 3.000 em Bitcoin (BTC).
As autoridades então conseguiram rastrear e apreender £ 275.000 (US$ 334.000) em criptomoedas, incluindo BTCs sob sua custódia, e descobriu fragmentos de conversas que comprovam que ele teve ele realizou crimes com participação de terceiros. Em um perfil do Twitter dele, sob a alcunha @Gambler, ele publicou:
“Ter muito dinheiro é legal … Mas ter muito dinheiro sem que as pessoas saibam é mais legal ainda”.
Acesso limitado à internet
Gunton ainda foi acusado de violar uma ordem de restrição por ameaças sexuais, ataques de hacking e lavagem de dinheiro. Além disso, o Tribunal da Coroa de Norwich emitiu-lhe uma ordem de três anos e meio para cumprir serviços comunitário, que afirma que Gunton não deve possuir ou usar qualquer dispositivo capaz de acessar a Internet que não seja facilmente controlável pela lei.
Ele também está terminantemente proibido de usar o modo de navegação anônima, navegação privada ou outras medidas de proteção de privacidade semelhantes, ao lado de VPNs ou da rede Tor.