188 vítimas entram com ação contra a Minerworld; empresa diz ter R$ 22 milhões nos EUA

O caso de pirâmide financeira da suposta mineradora de bitcoin Minerworld, que segue sob investigação na Justiça de Mato Grosso do Sul, recebeu mais um objeto de colaboração nos autos, reportou o Campo Grande News na terça-feira (16).

De acordo com o site, 188 pessoas que cobram na Justiça o ressarcimento dos investimentos e também reparos por danos morais se habilitaram como assistentes de acusação junto ao Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPE-MS).

No entanto, a empresa tem alegado, segundo o Correio do Estado, que o pagamento aos clientes depende da liberação de aproximadamente US$ 6 milhões (R$ 22,5 milhões) bloqueados nos Estados Unidos, em razão de uma invasão no sistema da Poloniex, exchange de criptomoedas que mantinha os 851 bitcoins que sumiram da conta da Minerworld.

Desde junho deste ano, o número de pessoas que se declararam vítimas da Mineworld quase que dobrou, informou o site.

A maior parte dos prejudicados é de Mato Grosso do Sul, mas a empresa conseguiu espalhar através de seus divulgadores, vítimas por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Paraíba, Sergipe e Pernambuco.

É estimado que pelo menos 50 mil pessoas nesses estados foram lesadas no golpe. 21 suspeitos fazem parte do processo cujos autos já somam 6.855 páginas.

O que trava o andamento da ação, segundo o  juiz responsável no caso, David de Oliveira Gomes Filho, é a dificuldade de notificar os réus das decisões, pois há paraguaios entre eles e o aguardo das citações é demorado.

O caso começou a se tornar mais claro quando o desfecho de uma operação policial trouxe várias peças-chave para incriminar os proprietários da Minerworld, BitPago e BitOfertas, Cícero Saad, Hércules Gobbi e Johnnes Carvalho, que recrutavam pessoas para fazer parte do suposto grupo criminoso.

De acordo com Gomes, o número de pessoas que acionaram a justiça quase dobrou — considerando que de abril a junho deste ano havia sido registradas 100 adesões ao processo coletivo.

No entanto, o cartório titular da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos ainda não terminou de contabilizar os pedidos.

“Tem mais, porque o cartório ainda não conseguiu cadastrar todos”, explicou o juiz.

Minerwolrd e BitOfertas

A última decisão no processo é do dia 18 de setembro, reportou o site. O juiz negou à empresa um pedido de acesso a sua conta bancária. Ela havia alegado ser dona de apenas R$ 332.000,00 dos R$ 1.369.330,71 bloqueados. O restante do valor pertenceria a clientes.

Há poucos dias, a plataforma de criptomoedas ligada à Minerworld, liberou saques dos bitcoins que estavam bloqueados pela Justiça desde o início das investigações e alertou que os servidores seriam desligados.

A empresa também deu instruções para aqueles que tinham saldo em reais, para que pudessem dar início ao pedido de ressarcimento junto à Justiça.

No caso para depósitos realizados e não efetivados, a empresa pediu que os usuários juntasse o comprovante mais os dados que eles inseriram na plataforma para serem usados como prova de crédito.

A BitOfertas se apresentava como uma exchange de criptomoedas focada no comércio de produtos usando o bitcoin como meio de pagamento.

Em 17 de abril deste ano, a empresa, juntamente com a Minerworld e uma outra plataforma chamada Bitpago, foi alvo do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Os agentes deflagram, então, operações nas cidades de Campo Grande (MS) e São Paulo, cumprindo mandados de busca e apreensão em suas sedes.

O esquema tem como seus principais dirigentes Cícero Saad, Hércules Gobbi e Johnnes Carvalho, que recrutavam pessoas para fazer parte do grupo que, segundo eles, era uma mineradora de bitcoins.

No entanto, a Minerworld, que no final do ano passado já recebia várias reclamações sobre pagamentos não realizados (dos lucros prometidos na pirâmide) alegou ter sido roubada por hackers a quantia de 851 bitcoins que estavam na exchange Poloniex.

A Poloniex não se manifestou sobre o caso e tudo passou a ser investigado como suposta formação fraudulenta de pirâmide financeira.

A operação, chamada ‘Lucro Fácil’, foi solicitada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) após uma ação cível pública proposta pela 43ª Promotoria de Justiça.

A instituição é responsável pelas atividades de proteção e defesa dos interesses coletivos e individuais do consumidor.

O início das investigações deu-se depois da denúncia da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que verificou o público lesado e pediu providências.

 

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