Jovem de 18 anos fatura R$ 3,6 milhões criando brinquedos inspirados em coleções de NFTs

Réplicas físicas de colecionáveis da Bored Ape Yacht Club tornaram-se bastante populares entre os detentores de NFTs da principal coleção do mercado.

Ricky da Luz, 18, teve a ideia de transformar NFTs (tokens não fungíveis) em brinquedos e investiu R$ 50.000 do próprio bolso para produzir e distribuir gratuitamente réplicas físicas de colecionáveis da Bored Ape Yacht Club aos detentores dos NFTs originais.

Os Bored Apes de brinquedo começaram a fazer sucesso entre os detentores da coleção e em janeiro o jovem recebeu a primeira encomenda comissionada: US$ 400 para reproduzir o BAYC de um colecionador. Pouco depois, Ricky fundou a IsmToys e menos de seis meses depois já faturou R$ 3,6 milhões criando brinquedos baseados em NFTs, relata reportagem do Business Insider.

O sucesso do jovem empreendedor revela que existia uma demanda reprimida por réplicas físicas de tokens não fungíveis. Todos os brinquedos produzidos pela IsmToys são emitidos com um token não fungível correspondente que remete ao NFT original a partir do qual a réplica foi construída.

“Vinculamos os brinquedos a NFTs reais e os ativos digitais atuam como autenticadores para os brinquedos”, explicou Ricky à reportagem. As vendas são realizadas majoritariamente em Ethereum (ETH) e os recibos ficam todos registrados na blockchain.

Hoje, a IsmToys tanto aceita encomendas comissionadas, cujos preços variam entre US$ 700 (R$ 3.640) e US$ 2.400 (R$ 12.480), quanto produz brinquedos de criação própria a valores mais populares, entre US$ 50 (R$ 260) e US$ 200 (R$ 1.040).

Bored Ape Yacht Club

Brinquedos inspirados na principal coleção do mercado são os responsáveis pela maior parte do faturamento da IsmToys até hoje. No mês passado, a empresa lançou uma edição limitada de 400 unidades devidamente registradas em NFT de um jogo de xadrez com peças inspiradas em Apes e que se esgotou em menos de 24 horas, vendidas a US$ 400 cada uma.

“Sem a comunidade Bored Ape, a IsmToys não existiria”, disse Ricky à reportagem. O jovem explicou que a conexão dos colecionadores com seus Apes é muito forte, por isso ele centrou seus esforços iniciais nos colecionadores da BAYC para viabilizar o seu projeto.

Inicialmente, ele fez contato com 100 colecionadores. Apenas cinco deram retorno e o primeiro a aceitar a oferta de Ricky foi um usuário pseudônimo do Twitter identificado como Phibacka31.eth. Foi o suficiente para que a IsmToys deslanchasse.

Apesar de todo o hype em torno dos metaverso e dos próprios NFTs, Ricky credita o sucesso do seu empreendimento ao fato de seus brinquedos personalizados serem objetos palpáveis com os quais os colecionadores podem se relacionar:

“Muitas pessoas pensam que o metaverso é ‘cool’, mas no final do dia ainda estamos no mundo físico e nos relacionamos com coisas físicas no dia a dia, então, ter algo que você pode tocar, uma representação física de sua identidade digital, é algo que possui um poder enorme.”

Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, NFTs podem não se configurar exatamente como um investimento financeiro lucrativo, mas possuem inúmeros potenciais casos de uso. A identificação e o pertencimento a uma comunidade têm se provado uma das principais razões para o sucesso da tecnologia.

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