Coronavírus 13 casos no Brasil: Mastercard fecha escritório em SP e igreja promete ‘óleo consagrado contra doença’
Ministério da Saúde confirma 13 casos de Coronavírus no Brasil, um deles, um funcionário da Mastercard que anunciou o fechamento de seu escritório em São Paulo enquanto igreja evangélica promete ‘óleo consagrado contra o vírus’
O Brasil já registra 13 casos confirmados de pessoas que contraíram o novo Coronavírus. A cidade de São Paulo é a região atualmente com mais casos confirmados, 10 no total, enquanto isso, há uma confirmação nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Entre os pacientes há pessoas que contraíram o vírus em viagens á Itália, EUA e Reino Unido e também por meio de transmissão ‘interna’ no Brasil.
Um dos pacientes é um funcionário da Mastercard no Brasil que anunciou o fechamento de seu escritório em São Paulo depois do fato, mas as atividades da empresa no Brasil continuam, “Embora se acredite que haja um baixo risco de transmissão para a maioria de nossos funcionários que não estiveram em contato próximo com esse indivíduo, notificamos os membros da nossa equipe e eles estão tomando as medidas necessárias para monitorar sua própria saúde”, declarou a empresa.
“A conselho das autoridades de saúde pública, fechamos nossos escritórios em São Paulo e Purchase North, que passam por um processo de higienização completa. Além disso, os funcionários que estiveram em contato com o funcionário afetado e estão desenvolvendo os sintomas deverão procurar atendimento médico e trabalhar em casa por 14 dias. Eles só retornarão ao escritório após esse período e desde que eles — ou qualquer membro de sua família — não estejam doentes ou apresentando os sintomas.”
Enquanto isso, uma igreja evangélica em Porto Alegre resolveu aproveitar a chegada no vírus no Brasil para angariar fiéis e prometeu usar o “poder de Deus contra o Coronavírus”, anunciando um culto especial que teria a suposta capacidade de imunizar os fiéis (não há vacina ou qualquer tipo de imunização para o vírus atualmente) por meio da “unção com óleo consagrado no jejum”.
A Promotoria Pública de Porto Alegre recebeu denúncias sobre o ‘culto da imunização’ e a promotora ngela Rotunno, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos do Ministério Público do Rio Grande do Sul, declarou que a igreja e os responsáveis pelo culto podem se enquadrados por crime de “charlatanismo ou curandeirismo”. Caso haja evidências de vantagem financeira proveniente da realização do culto, os responsáveis também poderiam ser acusados por estelionato.
“Diante da doença e da possibilidade de morte, é comum o ser humano se sentir desesperado e desamparado”, comentou Rotunno. “Pessoas inescrupulosas tentam obter vantagem desse desalento”. O MP-RS está analisando os anúncios do culto para “verificação do tipo de conduta e eventuais consequências legais”.
O Cointelegraph vem acompanhado os efeitos do Coronavírus no Brasil, na indústria nacional de criptoativos e na economia, cujos impactos já estão sendo sentidos com o Ibovespa perdendo 99 mil pontos devido ao ‘pânico’ dos investidores com os possíveis desdobramentos da crise.
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, afirmou que já existe o risco de as montadoras paralisarem a produção no fim de março ou em abril por causa dos efeitos econômicos do coronavírus. Na mesma linha o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas do Amazonas (Sindmetal-AM), que destacou que os fabricantes de equipamentos eletrônicos instalados na Zona Franca de Manaus só têm estoque de componentes para as duas primeiras semanas de março.
Em recente entrevista realizada com chineses na região da 25 de março o Cointelegraph levantou que a epidemia do Coronavírus já está afetando uma parcela do comércio de Bitcoin na região central de São Paulo na medida em que, muitos chineses que usavam bitcoin como ponte para fazer remessas para a China, com a paralisação das fábricas no país Asiático, deixaram de usar o BTC como ativo já que as remessas também estão ‘pausadas’.
Exchanges e empresas que trabalham com Bitcoin e criptomoedas no Brasil ainda não se manifestaram sobre os casos. No entanto, segundo levantamento, todas as empresas nacionais vem acompanhando de perto os efeitos da crise e já estudam planos de home office caso algum funcionário seja identificado como portador do vírus.